domingo, 25 de janeiro de 2015

Apostila 8 - 6º ano

CAOS GENERALIZADO - CRISES DO SÉCULO III

FIM DAS CONQUISTAS - queda no fluxo de recursos - material e escravos, além da ineficiência tributária - as propriedades eram isentas, apenas o comércio era tributado. 
  • Desvalorização da moeda para aumento da receita do Estado - grave inflação e aumento dos preços dos alimentos. 
  • carência das forças de trabalho - não havia conquistas, não havia escravos, e os “eslavos” capturados e vendidos por germânicos eram caríssimos. E a população urbana tinha se desacostumado a “pegar no pesado”.  

ANARQUIA MILITAR -  em golpes apoiados pelos soldados, houve 26 imperadores e 24 deles foram assassinados (!!!!!). Período que coincide com as invasões bárbaras. 

invasões bárbaras 
  • germânicos já se encontravam no limite do império, alguns tinham se tornado legionários, romanizando-se. 
  • Sociedades organizadas em tribos, chefes militares disciplinados e habilidosos. 
  • Tropas romanas que iam apoiar golpes militares se afastavam das fronteiras deixando-as desprotegidas - germânicos e Sassânidas. 
  • A primeira vista: os bárbaros só queriam saques (“pegar e correr”)
  • Houve a incorporação de bárbaros no exército romano (foederatti
  • Autorização de tribos inteiras em províncias - Gália e Trácia (importante para atividades agropastoris abandonadas durante a crise)

CRISTIANISMO 
  • Crença que nasce na Judéia 
  • Diferenças entre judaísmo e cristianismo - o Judaísmo, como o Cristianismo, também acredita em um único deus. Porém, os judeus acreditam ser o único povo escolhido a espera de um Messias que que ainda chegará. O Cristianismo reconhecia Jesus Cristo como Messias, onde todos seriam salvos através do amor e da solidariedade. Porém, ambos compartilham o Torá (que no cristianismo é o Velho Testamento). 
  • Os romanos eram tolerantes com as religiões. Porém, o cristianismo questionava a divindade do imperador e pregava a falsidade das demais crenças. 
  • Em Roma, os césares eram cultuados como deuses nos rituais de libação
  • Paulo de Tarso - se beneficiou da pluralidade de crenças peara difundir o cristianismo por 30 anos. 
  • Lembrete: perseguição aos judeus não foi religiosa: foi política
  • Cristãos passaram a se opor aos rituais de libação e ao se manifestar contra a corrupção moral da sociedade romana - houve então, a perseguição dos cristãos
  • Igrejas: sob a organização de um bispo, cuidava sob o desígnio do cristianismo de obras de caridade em uma época de crise intensa. 
  • No fim da dinastia dos Severos, 1/3 da população romana era cristã. 

Reação à crise: 

DIOCLECIANO -  perfil autoritário, queria reverter a crise e restabelecer a autoridade imperial. 
  • reformulou o sistema de impostos
  • conteve a desvalorização da moeda e a inflação
  • Dividiu as terras e propriedades em unidades fiscais, com imposto que levava em conta a produtividade de cada lugar. 
  • Edito dos Preços - tentativa de limitar o descontrole sobre os preços dos gêneros básicos. 

Êxodo urbano - com a crise nas cidades, as pessoas iam procurar colocação no campo. 
COLONATO - sistema de repartição da produção com os proprietários das terras, à exemplo das antigas colônias romanas. Os colonos eram diferentes dos escravos, pois garantiam seu sustento através do seu trabalho. A própria elite parte para o campo, surgindo as villas. 

TETRARQUIA - governos abusivos e problemas fizeram com que Diocleciano dividisse o poder em 4 - Ocidente para os Augustos e Oriente para os Césares
 - Briga entre Constantino e Maxêncio acaba com a Tetrarquia, com vitória de Constantino. 

Principado para o Dominado - transformação dos cidadãos em súditos e junção da religião com a política -  CESAROPAPISMO

CONSTANTINO -  Edito de Milão 313 - Dá liberdade de culto aos cristãos, já que mais da metade da população do império era cristã. Incorpora sua Igreja e são construídas as primeiras basílicas. 
Concílio de Nicéia - 325 - primeira reunião de bispos para definir a teologia cristã. 

JULIANO -  Tentou restaurar a religião politeísta de Roma, sem sucesso. 

393 - Edito de Tessalônica - Teodósio torna o cristianismo a religião oficial de Roma

Ocidente X Oriente - Enquanto as cidades ocidentais se despovoavam, o Oriente, com economia baseada em artefato e comércio, mantinha suas bases dinâmicas. 
CONSTANTINOPLA -  Nova capital, no Oriente. Fundada por Constantino, com muralhas, fortalezas e posição geográfica estratégica. 

VALENTE:  teve de enfrentar os godos que estavam estabelecidos na Trácia. Os romanos perdem para os godos a Batalha de Adrianópolis (378), morrendo o imperador e 2/3 do exército. 

TEODÓSIO - Estabeleceu tratados com os godos. Muitos foram incorporados ao exército. 
Seus filhos, Honório e Arcádio dividem o império em dois: Império Romano do Ocidente (capital em Milão) e Império Romano do Oriente (Capital em Constantinopla). 

ORIENTE:  permanece forte. A defesa era facilitada pela geografia. Seu tamanho reduzido era mais fácil de proteger e sua marinha,  com herança grega e fenícia, excelente. Seu artesanato especializado e sua posição estratégica de ligação com Europa, Ásia e África garantiam um excelente comércio. Sua cultura era de características helenísticas

QUEDA DE ROMA

  • Depois da Batalha de Adrianópolis não foi possível restaurar os efetivos militares
  • Foi necessário alistar mercenários bárbaros
  • Ameaça dos hunos era uma outra ameaça ao império
  • 300 mil bárbaros - burgúndios, suevos, vândalos, francos e saxões devastaram o norte da Gália sem resistência. 
  • Visigodos chegaram a Roma e causaram destruição. 
  • A tomada do império foi considerado um castigo dos deuses pelo abandono à religião politeísta - coube a Santo Agostinho separar a religião da política, na “teoria das duas espadas”.  Os homens sofriam as consequências de suas próprias ações. 
  • Povos da Gália e Espanha passaram a ser aceitos como foederati (aliados) contra outras invasões bárbaras - a defesa do Império passou a ser a encargo dos bárbaros. 
  • Os territórios do Império ficaram reduzidos à Itália
  • 476 - Odacro, depõe o último imperador romano, Romulo Augústulo.

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