CAOS GENERALIZADO - CRISES DO SÉCULO III
FIM DAS CONQUISTAS - queda no fluxo de recursos - material e escravos, além da ineficiência tributária - as propriedades eram isentas, apenas o comércio era tributado.
- Desvalorização da moeda para aumento da receita do Estado - grave inflação e aumento dos preços dos alimentos.
- carência das forças de trabalho - não havia conquistas, não havia escravos, e os “eslavos” capturados e vendidos por germânicos eram caríssimos. E a população urbana tinha se desacostumado a “pegar no pesado”.
ANARQUIA MILITAR - em golpes apoiados pelos soldados, houve 26 imperadores e 24 deles foram assassinados (!!!!!). Período que coincide com as invasões bárbaras.
invasões bárbaras
- germânicos já se encontravam no limite do império, alguns tinham se tornado legionários, romanizando-se.
- Sociedades organizadas em tribos, chefes militares disciplinados e habilidosos.
- Tropas romanas que iam apoiar golpes militares se afastavam das fronteiras deixando-as desprotegidas - germânicos e Sassânidas.
- A primeira vista: os bárbaros só queriam saques (“pegar e correr”)
- Houve a incorporação de bárbaros no exército romano (foederatti)
- Autorização de tribos inteiras em províncias - Gália e Trácia (importante para atividades agropastoris abandonadas durante a crise)
CRISTIANISMO
- Crença que nasce na Judéia
- Diferenças entre judaísmo e cristianismo - o Judaísmo, como o Cristianismo, também acredita em um único deus. Porém, os judeus acreditam ser o único povo escolhido a espera de um Messias que que ainda chegará. O Cristianismo reconhecia Jesus Cristo como Messias, onde todos seriam salvos através do amor e da solidariedade. Porém, ambos compartilham o Torá (que no cristianismo é o Velho Testamento).
- Os romanos eram tolerantes com as religiões. Porém, o cristianismo questionava a divindade do imperador e pregava a falsidade das demais crenças.
- Em Roma, os césares eram cultuados como deuses nos rituais de libação.
- Paulo de Tarso - se beneficiou da pluralidade de crenças peara difundir o cristianismo por 30 anos.
- Lembrete: perseguição aos judeus não foi religiosa: foi política
- Cristãos passaram a se opor aos rituais de libação e ao se manifestar contra a corrupção moral da sociedade romana - houve então, a perseguição dos cristãos
- Igrejas: sob a organização de um bispo, cuidava sob o desígnio do cristianismo de obras de caridade em uma época de crise intensa.
- No fim da dinastia dos Severos, 1/3 da população romana era cristã.
Reação à crise:
DIOCLECIANO - perfil autoritário, queria reverter a crise e restabelecer a autoridade imperial.
- reformulou o sistema de impostos
- conteve a desvalorização da moeda e a inflação
- Dividiu as terras e propriedades em unidades fiscais, com imposto que levava em conta a produtividade de cada lugar.
- Edito dos Preços - tentativa de limitar o descontrole sobre os preços dos gêneros básicos.
Êxodo urbano - com a crise nas cidades, as pessoas iam procurar colocação no campo.
COLONATO - sistema de repartição da produção com os proprietários das terras, à exemplo das antigas colônias romanas. Os colonos eram diferentes dos escravos, pois garantiam seu sustento através do seu trabalho. A própria elite parte para o campo, surgindo as villas.
TETRARQUIA - governos abusivos e problemas fizeram com que Diocleciano dividisse o poder em 4 - Ocidente para os Augustos e Oriente para os Césares.
- Briga entre Constantino e Maxêncio acaba com a Tetrarquia, com vitória de Constantino.
Principado para o Dominado - transformação dos cidadãos em súditos e junção da religião com a política - CESAROPAPISMO.
CONSTANTINO - Edito de Milão 313 - Dá liberdade de culto aos cristãos, já que mais da metade da população do império era cristã. Incorpora sua Igreja e são construídas as primeiras basílicas.
Concílio de Nicéia - 325 - primeira reunião de bispos para definir a teologia cristã.
JULIANO - Tentou restaurar a religião politeísta de Roma, sem sucesso.
393 - Edito de Tessalônica - Teodósio torna o cristianismo a religião oficial de Roma.
Ocidente X Oriente - Enquanto as cidades ocidentais se despovoavam, o Oriente, com economia baseada em artefato e comércio, mantinha suas bases dinâmicas.
CONSTANTINOPLA - Nova capital, no Oriente. Fundada por Constantino, com muralhas, fortalezas e posição geográfica estratégica.
VALENTE: teve de enfrentar os godos que estavam estabelecidos na Trácia. Os romanos perdem para os godos a Batalha de Adrianópolis (378), morrendo o imperador e 2/3 do exército.
TEODÓSIO - Estabeleceu tratados com os godos. Muitos foram incorporados ao exército.
Seus filhos, Honório e Arcádio dividem o império em dois: Império Romano do Ocidente (capital em Milão) e Império Romano do Oriente (Capital em Constantinopla).
ORIENTE: permanece forte. A defesa era facilitada pela geografia. Seu tamanho reduzido era mais fácil de proteger e sua marinha, com herança grega e fenícia, excelente. Seu artesanato especializado e sua posição estratégica de ligação com Europa, Ásia e África garantiam um excelente comércio. Sua cultura era de características helenísticas.
QUEDA DE ROMA
- Depois da Batalha de Adrianópolis não foi possível restaurar os efetivos militares
- Foi necessário alistar mercenários bárbaros
- Ameaça dos hunos era uma outra ameaça ao império
- 300 mil bárbaros - burgúndios, suevos, vândalos, francos e saxões devastaram o norte da Gália sem resistência.
- Visigodos chegaram a Roma e causaram destruição.
- A tomada do império foi considerado um castigo dos deuses pelo abandono à religião politeísta - coube a Santo Agostinho separar a religião da política, na “teoria das duas espadas”. Os homens sofriam as consequências de suas próprias ações.
- Povos da Gália e Espanha passaram a ser aceitos como foederati (aliados) contra outras invasões bárbaras - a defesa do Império passou a ser a encargo dos bárbaros.
- Os territórios do Império ficaram reduzidos à Itália
- 476 - Odacro, depõe o último imperador romano, Romulo Augústulo.
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