terça-feira, 26 de janeiro de 2010

9o. Ano - • O MUNDO PÓS-SEGUNDA GUERRA MUNDIAL




• Guerra Fria: Embora tenham lutado ao mesmo lado, ao terminar a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) houve algumas tensões entre os países capitalistas, liderados pelos EUA e a Inglaterra e o Bloco Socialista, liderado pela URSS. As conferencias de Yalta e Potsdam (1945) já alinhavam o mundo em duas zonas de influência: capitalista e socialista. 1) União Soviética: A Rússia ganhou cerca de 25 milhões de habitantes a mais com as anexações pós-guerra. A Tchecoslováquia, a Hungria, a Polônia, a Alemanha Oriental, a Romênia, a Bulgária, a Albânia e a Iugoslávia passavam a ser “democracias populares”. 2) Alemanha: A Alemanha sai mais uma vez como grande perdedora. O país ficou dividido em 4 zonas de ocupação: inglesa, norte-americana, francesa e soviética. Como os orientais insistiam em migrar para o lado ocidental, se construiu em 1961 o muro de Berlim, que cairia apenas em 1989 e dividia o mundo em duas zonas de influência caracterizadas pela bipolaridade. 3) Japão: Apesar de ter entrado em colapso após o bombardeio atômico, o Japão foi beneficiado pelo plano Marshall (1947), e tornou-se o primeiro aliado dos EUA no oriente. 5) China e a Revolução: A China apresentava no início do século XX, as mazelas do Neocolonialismo. Era, sobretudo, um país agrícola onde a desigualdade era muito grande. Houve algumas tentativas de resistência aos estrangeiros, como a Guerra dos Boxers (1900). Mao Tse-Tung, aproveitando-se da instabilidade do Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês), lidera o movimento chamado de a Grande Marcha (1934) e ganha popularidade para o Partido Comunista, que expulsa o Kuomintang para Taiwan e lidera a revolução socialista em 1949. Guerra Fria é um conceito utilizado após o término da guerra para designar o poder de destruição e competição que tinham as duas zonas de influencia que caracterizavam a bipolaridade (EUA e URSS). EUA e URSS não entraram em conflito direto. Sempre aconteciam conflitos entre países da zona de influência, como a Guerra da Coréia (1950) e a Guerra do Vietnã (1954): os EUA foram militarmente derrotados.
• Doutrina da Guerra Fria: 1) Doutrina Truman (1947) – “necessidade de conter o avanço comunista no mundo”. 2) Plano Marshall (1947) Iniciativa dos EUA em distribuir ajuda financeira para os países destruídos pela guerra. 3) OTAN: (1949) A Organização do Tratado do Atlântico do Norte visava a criação de um grupo que se ajudasse mutuamente em caso de agressão soviética. 4) Comecom: resposta soviética ao plano Marshall 5) Pacto de Varsóvia: (1955) Aliança militar formada pelo bloco soviético.
• Descolonização: A crise causada pela decadência dos países em decorrência do término da Guerra (1945) fez com que suas colônias ficassem independentes. Na África, por exemplo, as divisões feitas não respeitaram as diferenças entre tribos, o que ocasionou diversas guerras étnico-religiosas no período de descolonização. Antes da neocolonização, os países africanos tinham uma agricultura de subsistência, o que mudou com o domínio europeu impulsionado pela Conferência de Berlim em 1885: passaram a ser produtores de matéria-prima. Com a Conferência de Lomé (1975), houve a assinatura de um acordo de cooperação entre os países da Europa e a África Negra. A Ásia também se tornou livre das metrópoles. A Índia ficou independente em 1947 e deu origem a outros países como o Sri Lanka, Paquistão e Bangladesh. A Coréia foi ocupada por soviéticos ao norte e por norte-americanos ao sul (1948). A Indochina, área de colonização francesa, se transformou em países como o Camboja, o Laos e a Tailândia. Também houve a formação do Vietnã do Norte e Vietnã do Sul, unificados após a guerra do Vietnã em 1975. No Oriente Médio criou-se um grande foco de tensão entre judeus e palestinos com a formação do Estado de Israel em 1948.
• Resultados da descolonização na África e Ásia: Graves problemas socioeconômicos e conflitos étnicos, sobretudo na África Subsaariana. O apartheid, segregação racial que vigorou na África do Sul até 1992 deixou rastros indeléveis. Ao norte da África, onde predomina a religião muçulmana, apresenta uma crise entre muçulmanos e fundamentalistas. Na Ásia, grandes países como Índia, China e Indonésia apresentam graves problemas socioeconômicos. O país mais poderoso ainda é o Japão, e a partir dos anos 80 apontam os Tigres Asiáticos (Coréia do Sul, Tailândia, Taiwan, Cingapura e Malásia) com expressivo crescimento econômico.
• Subdesenvolvimento: Após o término da Guerra, foi consagrada a divisão entre os países do primeiro-mundo (nações capitalistas desenvolvidas), segundo-mundo (países socialistas) e terceiro-mundo (países do sul subdesenvolvidos). Prevaleceu durante muito tempo a Divisão internacional do trabalho, onde países desenvolvidos se especializariam em produtos industrializados, enquanto os países do terceiro-mundo seriam exportadores de matéria-prima. Com o tempo, há a deteriorização dos termos de troca, pois um abismo separa os produtores de tecnologia dos de matéria-prima. Aí reside a origem das desigualdades. A Lei de Engel determinava que um aumento de renda não aumentaria o consumo de alimentos: o excedente é investido em tecnologia. Como método de se acabar com as desigualdades, seria preciso acabar com a Divisão Internacional do Trabalho.
• Mundo Socialista: O mundo socialista se fortaleceu após a Segunda Guerra Mundial. Foi figura incontestável de prestigio Stalin, que desenvolveu a URSS em todos os sentidos, em nome de uma política repressora, atacada posteriormente por seu substituto, Nikita Kruchev, que defendia uma revisão da doutrina de Stalin. O mundo comunista divide-se então em stalinistas (ortodoxos) e revisionistas (antes representados pelos trotskistas). 1) Hungria: A Hungria, que tinha se tornado em uma república popular em 1949, passa, a partir de 1953, a tomar medidas de distensão política, que fora atacada com grande violência por Stalin. Ao anunciar que a Hungria se retirava do pacto de Varsóvia, o governo de Moscou mais uma vez reprime duramente os Húngaros, causando cerca de 25000 mortes. Tais acontecimentos mancharam a imagem de Moscou no mundo comunista. Em 1989, o parlamento húngaro se pronuncia a favor do pluripartidarismo. Se instaura um processo de privatizações que dá origem ao fim do socialismo na Hungria. 2) Cuba – Cuba ficou independente da Espanha graças aos EUA, e em conseqüência disso, teve que assinar a Emenda Platt (1901), onde os norte-americanos tinham plenos poderes sobre o país. Essa situação permaneceu até o governo de Fulgêncio Batista, deposto pela Revolução Cubana em 1959. Fidel Castro implantou uma série de alterações, incluindo o caráter socialista da revolução e obtendo o apoio soviético na América Latina. Os EUA rompem relações com Cuba em 1961 e passa apoiar governos militares na América Latina com o fortalecimento da CIA. A crise se evidenciou com a Crise dos Mísseis (1962), quando Cuba permitiu que a URSS colocasse mísseis balísticos em direção aos EUA. Foi a primeira vez em que o mundo se viu de fato, às vésperas da Terceira Guerra Mundial. 3) Tchecoslováquia: A Tchecoslováquia é conhecida pela sua diversidade étnico-cultural. Se tornou uma república popular em 1948. Na mesma época da Guerra do Vietnã, surgiu um movimento de contestação às diretrizes do governo socialista. O movimento ficou conhecido como “Primavera de Praga”. Alexander Dubcek se torna primeiro ministro e passa a exercer uma série se reformas, como suprimir a censura, libertar presos políticos. Tais atitudes foram duramente atacadas pelas forças de Moscou, que viam na Primavera de Praga uma ameaça ao socialismo. Com o retorno de Dubcek ao poder em 1989, há a mudança do nome do país para República Tcheca e Eslovaca, respeitando as diferenças étnicas da região, até a separação total em 1993. A Revolução de Veludo, como ficou conhecida, foi uma das mais pacificas.
• Perestroika e glasnost: Mikhail Gorbatchev iniciou um programa de reformas que ficou conhecido como reestruturação (Perestroika) e Glasnost (transparência). O socialismo havia perdido as batalhas tecnológicas e socioeconômicas para os EUA. Aos poucos, entre 1985 e 1991, as democracias populares vão desaparecendo. A URSS se desfaz e forma-se a CEI (1991), que reúne 12 das ex-repúblicas soviéticas, exceto as republicas bálticas. Na Romênia, um rápido processo de protesto culmina no assassinato de Nicolae Ceausescu e sua mulher Elena. Na Iugoslávia o que predominou foi a violência e os conflitos étnico-religiosos entre Sérvios e bósnos, que causaram uma das maiores carnificinas já vistas na história. Formam-se países distintos: Sérvia, Macedônia, Eslovênia, Bósnia Herzegiovina, Montenegro e Croácia.
• Nova Ordem Mundial: O mundo, após a guerra do muro de Berlim se vê como multipolarizado. Formam-se mercados comuns como a CEI, UE e MERCOSUL. Porém, há uma explosão de conflitos étnico-religiosos. Muitos defendem, inclusive, a limpeza étnica. Existem outros problemas: há a volta de ultranacionalismos e o arsenal nuclear nas mãos de países que o usa como moeda de troca representam perigo. Ou seja, temos uma dupla tendência da nova ordem: ao mesmo tempo que globaliza-se, tende a mostrar particularismos étnico-religiosos.

• Exercícios. pp. 157-159

9º ANO: CAMINHO E INSTITUCIONALIZAÇÃO DA DITADURA MILITAR – DE JÂNIO A FIGUEIREDO (1961-1985)


• Janio Quadros – 1961: Tendo uma vassoura como símbolo de campanha, Quadros prometia varrer a corrupção do país. Jânio se aproveitou da campanha pela TV e ganhou com 48% dos votos. Jânio adotou a desvalorização da moeda para aumentar as exportações. Isso fez com que desemprego aumentasse e o padrão de vida da classe média baixasse. Outra característica de Janio era o moralismo. Janio, ao usar roupas parecidas com a de um trabalhador, se tornou um expoente do populismo no Brasil. Aproximou sua política do bloco socialista, condecorando Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul. Sem apoio político e popular, acaba renunciando em agosto de 1961.
• João Goulart (1961-1962): Impedido de exercer efetivamente o poder até 1963, enquanto vigorou a República Parlamentarista, João Goulart adotou o plano Trienal, reduzindo a inflação. Porém, essa medida congelava salários e acabou fracassando em seu propósito. Jango também queria implementar as reformas de base (agrária, tributária, administrativa, urbana, bancária e educacional). Porém, estas foram repreendidas pelos setores de direita e grandes latifundiários. Enquanto isso, a pressão por reforma agrária se dava com a criação das Ligas Camponesas (1955). Em 1964, no famoso comício da Central do Brasil, Jango assina um decreto prevendo a reforma agrária. Os setores de direita logo se posicionam contra Jango, como o exemplo da Marcha da Família com Deus pela Liberdade. No dia 31 de março de 1964, Olimpio Mourão Filho agrupou as forças armadas, que organizaram um golpe contra Jango, que foge para o Uruguai sem questionar; sabia que a direita contava com o poderoso apoio dos EUA.
• O golpe de 1964: Foi aplicado com a desculpa de manter a “ordem e o progresso do país”, e foi articulado pelos militares juntamente com burguesia. No dia 1º de Abril, o país acordava sob o governo de um ditador, plano que fazia parte da Doutrina Truman, que visava dissolver qualquer oco comunista na América. Houve 5 presidentes militares: Marechal Castelo Branco (1964-1967), General Arthur Costa e Silva (1967-1969), Emilio Garrastazu Médici (1969-1974), Ernesto Geisel (1974-1979) e João baptista Figueiredo (1979-1985).
• O governo militar e os Atos Institucionais: Os atos institucionais modificaram a constituição de 1946. O AI-1 transferiu oficialmente o poder da republica aos militares e cassou uma série de mandatos. O AI-2 dissolveu os partidos políticos existentes e estabeleceu o bipartidarismo, onde existiriam apenas a ARENA e o MDB. Suspendem-se as eleições diretas para presidente da Republica. O AI-3 determina eleições indiretas também para governador do Estado. O AI-4 aprovava a nova Constituição Brasileira; a de 1967 que incorporava todos os AIs anteriores. O AI-5 é considerado o mais expressivo de todos. Com ele chegam os “anos de chumbo da ditadura”. É uma resposta as manifestações contra o regime militar. Instituído em 13 de dezembro, é considerado o golpe dentro do golpe. Suspendeu direitos políticos de qualquer cidadão brasileiro por 10 anos. Ninguém podia se defender na justiça. Decretou estado de sítio por tempo indeterminado, fechou o Congresso Nacional, as Assembléias estaduais e as Câmaras Municipais. Em nome da ordem e do progresso, a dívida externa aumentou, assim como a concentração de renda e a desigualdade social. A Amazônia teve boa parte de seu território devastado em nome do progresso. Criaram-se nesse período muitos órgãos de repressão e censura, como o DOI-Codi e o DOPS, que também ficaram conhecidos como Esquadrão da Morte. Todos os que eram ameaça ao regime militar (leia-se comunistas) eram perseguidos, presos, torturados. Muitos foram assassinados dentro das prisões e seus corpos jamais foram reconhecidos ou devolvidos às famílias. A reação mais significativa ao governo militar foi comandada pela Guerrilha Armada, onde são mais conhecidas a ALN: Ação Libertadora Nacional, a VPR: Vanguarda Popular Revolucionária e o MR-8: Movimento Revolucionário 8 de outubro.
• Pra frente, Brasil! A imagem que se passava ao povo não era de terror, mas sim de desenvolvimento. Havia o principio de Delfim Netto: “fazer o bolo crescer para depois dividi-lo”. Os militares se preocupavam somente com o desenvolvimento econômico, deixando para segundo plano a distribuição de renda. O crescimento surpreendente ficou conhecido como milagre econômico. A indústria cresceu com o acúmulo de dinheiro devido aos baixos salários pagos, as exportações cresceram e se instalaram no Brasil muitas multinacionais. Os pobres não se beneficiaram de tal milagre como a classe média, que apoiava o governo. A vitória da Copa de 1970 também ajudou ofuscar os horrores da ditadura, assim como obras faraônicas como a Transamazônica. Os principais slogans eram “Ninguém segura esse país” e “Brasil: ame-o ou deixe-o”.
• Geisel: o inicio do fim – Pelo Pacote de Abril, um dos três senadores eleitos por cada estado seria eleito pelo colégio eleitoral, ou seja, pelo governo. Outra ação do governo foi a Lei Falcão, que disciplinava a campanha eleitoral em rádio e TV em resposta ao sucesso obtido pelo MDB nas eleições de 1974. Com isso, a população que já não elegia seus representantes desde 1964 foi rejeitando cada vez mais o governo. Somando-se a isso, há uma crise do petróleo, que fez subir a inflação. Em resposta à crise, criou-se o Proálcool. Além disso, para construir as usinas de Angra dos Reis, o Brasil comprou tecnologia ultrapassada da Alemanha, que nunca funcionaram satisfatoriamente.
• Figueiredo: Com o último presidente militar houve o processo de redemocratização – A inflação atingiu picos de 200% ao ano com Figueiredo, enquanto a dívida externa triplicou. Mas coube a Figueiredo promover a abertura política, lenta, segura e gradual. A lei de Anistia foi aprovada em 1979, possibilitando a volta dos presos exilados e a impunidade dos militares torturadores e assassinos. Ressurgiram muitos partidos e outros foram criados. Foram convocadas eleições diretas para governadores, onde partidos da oposição tiveram resultados muito satisfatórios. Em 1984, o recém surgido PT inicia uma campanha pelas eleições diretas para presidente da República, com o apoio de muitos intelectuais. As eleições diretas só se consolidariam em 1989.

9º ANO: INTERVALO DEMOCRÁTICO: DUTRA, VARGAS E JK




• Intervalo democrático: É como chamam os historiadores o período que vai de 1945-1964, quando houve o pluripartidarismo, fim da censura, retorno da liberdade de imprensa, opinião e voto. O Brasil apresentou crescimento econômico. O populismo continuava a dominar a cena política.
• Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1950): O Congresso foi restaurado e uma nova Constituição foi aprovada em 1946. Ela garantia sufrágio universal, ensino público gratuito e direito de organização de sindicatos. Também linha inclinações liberais, garantia o direito à propriedade e um sistema jurídico que defendia os mais ricos. Tudo o que era comunista era perseguido, e, apesar do direito ao pluripartidarismo, o PC foi colocado na clandestinidade: a ação demonstrava o alinhamento aos EUA durante o Período da Guerra Fria. A política não-intervencionista (principio básico do liberalismo) logo surtiu efeitos negativos, prejudicando a economia nacional. Dutra então dificultou as importações e criou o SALTE. O plano foi um fracasso. A situação reforçou o movimento Queremista, pedindo a volta de Vargas ao poder. Vargas voltava “nos braços do povo”.
• Governo Vargas (1951-1954): Surgiram duas correntes: os entreguistas (que se baseava na abertura da economia ao capital externo, inclusive minérios e petróleo. Era interesse das camadas empresariais e grandes proprietários rurais) e os nacionalistas, defendido pela CEPAL, apoiado pelos operários, estudantes e até pelo Partido Comunista. Vargas investiu nas estatais. É desse período da campanha “O petróleo é nosso”, com a criação da Petrobrás em 1953. Vargas também limitou a remessa de lucros para o exterior, barrada no Congresso. Por causa dessa política nacionalista, que ia contra os interesses dos setores elitistas, passou-se fazer denúncias de corrupção contra o governo de Vargas. Em 1954, sua imagem ficaria ainda mais prejudicada com o atentado ao seu principal oponente, Carlos Lacerda, e conseqüente morte de seu guarda-costas. O Crime da Rua Toneleros se tornaria o estopim da queda de Vargas; descobriu-se que o mandante era da guarda pessoal do presidente. Varas, ao recusar-se a renunciar, se suicida no dia 24 de agosto de 1954, “saindo da vida para entrar na história”. Uma junta militar (a República do Galeão) toma o poder até a eleição de Juscelino Kubitschek.
• Juscelino Kubitschek (1956-1961): O período é conhecido como de desenvolvimento, com o lema de JK “50 anos em 5”. O PIB cresceu 7% ao ano, multinacionais foram instaladas no país. O desenvolvimentismo ficou conhecido como Plano de Metas, que previa investimentos em energia, transporte, alimentos, indústria de base e educação. O plano foi um sucesso em energia, transportes e indústria de base, mas fracassou nos outros setores. O crescimento econômico não foi acompanhado de reformas sociais. Houve mecanização do campo e êxodo rural acompanhado por inchamento das metrópoles, sobretudo a vinda de nordestinos para o sudeste. Porém, a meta síntese de JK foi a construção de Brasília, para desenvolver e defender o centro do país. Porém, a construção da nova capital foi responsável pelo aumento da dívida externa do país. JK estava atrelado aos setores empresarial e agrário do país, o que o impediu de realizar reformas estruturais, como a agrária e tributária.

• Exercícios pp. 141-146

9º ANO: A ERA VARGAS (1930-1945)




• Governo Provisório (1930-1934): Como governante provisório, Vargas suprimiu a antiga Constituição de 1991 e fechou o Congresso. Instaurava-se uma ditadura no país “para que a ordem fosse mantida”. Vargas utilizou do populismo (direitos trabalhistas - atendia as reivindicações populares sem se esquecer de garantir os interesses da elite), mesmo sendo um ditador, procurava o apoio das classes populares. A falta de uma Constituição fez estourar em São Paulo a Revolta Constitucionalista (1932). O Brasil teria uma nova Constituição apenas em 1934. Determinou que o sistema fosse Presidencialista, voto popular, direto e secreto, sistema Federativo, voto feminino e direitos trabalhistas. Em 1934, Vargas é reeleito indiretamente. Inicia-se o governo Constitucional.

• Governo Constitucional (1934-1937): Vargas continuou articulando os setores sociais e estabeleceu-se um culto à imagem. Liberou práticas culturais como a capoeira e o samba-de-roda. Houve preocupação com a formação da identidade nacional. O 1º de maio foi instituído como feriado nacional. O governo populista visava manter o operariado sob controle. Nesse período, surgiram a Aliança Integralista Brasileira (de caráter fascista, tentou tomar o governo em 1938 para “salvar a nação”) e a Aliança Nacional Libertadora, tendo como líder Luis Carlos Prestes. Posta na ilegalidade, a ANL tenta tomar o poder em 1935, com a chamada Intentona Comunista, que, derrotada, inaugurou um período de caça às bruxas, ou seja, aos comunistas.

• O Estado Novo (1937-1945): Vargas deveria deixar o governo em 1938. Porém, articula um golpe de estado e institui o Estado Novo. Alegando que existia um plano dos comunistas para tomar o poder, (a farsa batizada de plano Cohen), Vargas declara a ditadura como forma de defender o país. Porém, o Plano Cohen não havia sido escrito pelos comunistas, mas sim pelo próprio governo. Aboliu-se a Constituição de 1934 e se outorgou A Polaca, legitimando o Estado Novo, inspirado no Salazarismo, dando amplos poderes a Vargas, que era autoritário, nacionalista e antidemocrático. Os estados passaram a ter interventores. Houve censura e intensa propaganda do governo populista. O Dia do Trabalho passou a ser dia de culto a figura de Vargas. Ao mesmo tempo em que os discursos de Vargas enalteciam o papel do trabalhador, as lideranças eram cada vez mais tolhidas. Aqueles que eram contrários à política de Vargas eram considerados antipatriotas e contrários ao crescimento da nação. Durante o Estado Novo, a intervenção estatal foi muito presente. Criou-se a Companhia Siderúrgica Nacional, Vale do Rio Doce, por exemplo.

• Fim do Estado Novo: Está intimamente relacionado à eclosão da 2ª Guerra Mundial. Incorporando-se aos Aliados em 1942, Vargas enviou para a Europa a FEB – Força Expedicionária Brasileira. Aí residia uma incoerência: o Brasil, de um governo ditatorial, lutava na Itália contra a ditadura nazi-fascista. Surgiram vários movimentos e em 1945, Vargas foi obrigado a assinar um Ato Adicional convocando novas eleições. Surgem muitos partidos e o Partido Comunista sai da ilegalidade. Apesar de tudo, muitas ainda apoiavam a manutenção de Vargas no poder, num movimento que ficou conhecido como Queremismo. Cercado por militares no Palácio Guanabara em 1945, Vargas é obrigado a renunciar à presidência.

9o. Ano - BRASIL REPÚBLICA IV




Delfim Moreira (15/11/1918- 28/07/1919): Era vice de Rodrigues Alves, que tinha sido reeleito e tinha morrido. Respeitou o artigo 42, houve eleições e assumiu Epitácio Pessoa.

Epitácio Pessoa (28/07/1919-15/11/1922): Início da crise econômica do café, evidenciando as diferenças regionais. No plano político, ocorreu o tenentismo.
Tenentismo: Movimento político ocorrido nos anos 20, onde membros jovens do exército se envolveram, sobretudo tenentes. Eram contra os esquemas da República Velha, iniciando a ação armada. Criticavam o sistema eleitoral e a corrupção. É deles a proposta de tornar o voto secreto. Tem destaque Luís Carlos Prestes. A primeira reação foi contra a indicação do sucessor de Epitácio Pessoa, o então governador de Minas Gerais, Artur Bernardes. Os tenentes apóiam a chapa chamada “reação Republicana”. Acontece um episódio de cartas falsas atribuídas a Bernardes. Apesar da crise, ele foi eleito. Os tenentes não aceitam a derrota e articulam uma conspiração para impedir a tomada do poder. Eclode a Revolta do Forte de Copacabana. Esperava-se um levante nacional, o que não aconteceu. Os 18 do Forte não conseguiram seu intento.

Arthur Bernardes (15/11/1922-15/11/1926): Durante seu governo, o país ficou sob estado de sítio. Houve a Guerra Civil do Rio Grande do Sul, em decorrência das disputas entre maragatos e pica-paus, resolvido com o Acordo de Pedras Altas, com auxílio do governo. Em São Paulo, tenta-se uma outra versão da Revolta do Forte, mais uma vez frustrada. Os militares tiveram que se retirar do estado, formando a Coluna Paulista. Em solidariedade, eclode um levante no Rio Grande do Sul, liderado por Luis Carlos Prestes. Eles se juntaram à Coluna Paulista e realizaram uma marcha pelo interior do Brasil, a Coluna Prestes, fazendo uma “cruzada do conhecimento”. Perseguidos, dispersaram e asilaram-se em países vizinhos. No final do governo, houve uma reforma na Constituição de 1891, que visava fortalecer o governo central frente aos governos dos estados.

Washington Luis (15/11/1926-24/10/1930): O lema de seu governo foi “governar é abrir estradas”. Com a crise de 29, há a intensificação da crise cafeeira e a oposição ao governo. Washington Luis rompe com a política café-com-leite, indicando Julio Prestes (paulista) para a sucessão. Forma-se uma chapa em oposição, com Getulio Vargas e João Pessoa como candidatos, com apoio dos tenentes. Com a vitória de Julio Prestes, os tenentes não aceitam a derrota, que fazem uma conspiração para impedir a posse de Julio Prestes. Nesse período, Luis Carlos Prestes lê um manifesto Comunista e acontece o assassinato de João Pessoa, que foi estopim de uma crise que culminaria na revolução de 1930.
Revolução de 1930: Impediu a posse de Julio Prestes e depôs Washington Luís. Com pouca participação popular, o movimento colocou Vargas no poder. Termina República Velha.

9o. BRASIL REPÚBLICA III (1889-1954)




Afonso Pena (15.11.1906-14.06.1909) Morreu antes de concluir o mandato. Administrou o Convênio de Taubaté, presenciou o aumento de influência do “fazedor de presidentes” Pinheiro Machado, resolveu a questão de fronteiras com a Guiana Holandesa (Suriname), estabeleceu o condomínio de Lagoa Mirim e do Rio Jaguarão, permitindo que o Uruguai também usasse tais águas.

Nilo Peçanha (14.06.1909-15.11.1910): Vice de Afonso Pena, assume o governo. Ocorre nesse período a Campanha Civilista, nome dado à Campanha de Rui Barbosa à presidência. Ele era contra os militares no Poder. Nesse governo é criada a SPI (Serviço de Proteção ao Índio, sob coordenação do Marechal Rondon.

Hermes da Fonseca (15.11.1910-15.11.1914): Apoiado por Pinheiro Machado, coordenou a política das Salvações, depondo governos que teriam apoiado Rui Barbosa para presidente. Nesse período de consolida um novo funding loan.
Revolta de Juazeiro: Por ser muito respeitado, o padre Cícero tinha uma grande influência sobre as consciências e também sobre a política do Ceará. Para combater a Política das Salvações, Cícero arma seus seguidores e enfrenta as tropas do governo. É figura lendária do Sertão nordestino.
Revolta da Chibata (1910): Os marinheiros se revoltam contra os maus-tratos e pedem, além da abolição destes, aumento do soldo, melhoria na alimentação e anistia dos revoltosos. Tomam o encouraçado Minas Gerais sob o comando de João Cândido. A maioria dos revoltosos foi presa e morreu na prisão por causa de maus-tratos.
Revolta do Contestado (1912): Em uma região rica em madeira e erva-mate, se desenvolve também um movimento messiânico que contestava as fronteiras entre Santa Catarina e Paraná. Foram derrotados pelo governo em 1915.

Venceslau Brás (15.11.1914 – 15.11.1918): Em seu governo, a Primeira Guerra propiciou o aumento das exportações, enquanto que produtos importados passaram a ser produzidos no Brasil a partir da industrialização substitutiva de importações. Envia médicos, enfermeiros e medicamentos à Tríplice Entente durante a Primeira Guerra.

9o. Ano - BRASIL REPÚBLICA II (1889-1954)




Campos Sales (15.11.1898 – 15.11.1902): Na política externa resolve a questão dos limites da região entre o Amapá e Guiana Francesa com a França. Funding Loan: Brasil conseguiu uma moratória, ou seja, prorrogação para o pagamento da dívida, além do empréstimo de dez milhões de libras esterlinas. Como segurança, o governo se comprometeu a garantir a renda da alfândega do Rio de Janeiro, além de adotar uma política deflacionária.
Política dos Governadores: Para garantir o apoio do Congresso, se instaura a política dos governadores: o governo central apoiaria os governos estaduais se estes apoiassem o governo Central no Congresso. Isso resultou no predomínio político de São Paulo e Minas Gerais (maior bancada no Congresso), inaugurando a República Café-com-leite, na qual se revezariam no governo mineiros e paulistas.
Coronelismo: A República instaurou o sufrágio universal, e como o país era rural, os coronéis faziam valer suas vontades na hora de eleger os representantes. O voto era aberto, e isso facilitava as fraudes, por meio de intimidação e violência. O voto de cabresto caracteriza o coronelismo.

Rodrigues Alves (15,11,1902 15.11.1906): Na política externa, resolveu a questão das fronteiras com a Guiana Francesa - Questão do Pirara. Em seu mandato também é anexado o Acre através do Tratado de Petrópolis (1903). O Brasil deveria, além de pagar dois milhões de libras esterlinas para a Bolívia, também construir a Madeira-Mamoré, que ligaria o Acre ao Pacífico, facilitando o comércio da Bolívia. Destaca-se nesse processo o Barão do Rio Branco.
Revolta da Vacina (1904): Houve a urbanização do Rio de Janeiro, na qual se destaca o sanitarista Oswaldo Cruz, que conseguiu erradicar a febre amarela e obteve a aprovação da obrigatoriedade da vacina. Isso gerou uma revolta popular que quase causou a deposição do governo.
Convênio de Taubaté (1906): Os três estados produtores de café (Minas, Rio e São Paulo) se reúnem para tomar medidas que garantissem a renda do cafeicultor perante o problema de superprodução. Fica estabelecido que o governo comprasse os estoques excedentes de café e a Caixa de Conversão, que só incentivou a superprodução.

9o. Ano - BRASIL REPÚBLICA I (1889-1954)




• Governo Provisório (15/11/1889 – 25/02/1891) Proclamada a República, o marechal Manuel Deodoro da Fonseca assume o governo provisório. Cria um ministério, separa a Igreja do estado e cria uma nova bandeira. Convoca Rui Barbosa como ministro da Fazenda e se faz a primeira Constituição republicana.
• O Encilhamento: Há, com Rui Barbosa, a monetarização da economia em decorrência da abolição dos escravos e os novos salários pagos. Há a facilitação de crédito e alguns bancos foram autorizados a emitir moeda. Houve euforia financeira, algumas firmas surgiram. Mas em seguida, abriu-se um processo inflacionário seguido de falências e desemprego. O período ficou conhecido como encilhamento.
• Constituição de 1891: A Constituição de 24/02/1891 definiu o Brasil como uma República federativa e presidencialista, e dava autonomia aos governos estaduais. O Executivo seria exercido pelo presidente, com um cargo de quatro anos, por meio de eleições diretas. O legislativo seria composto pela Câmara dos Deputados e Senadores, o Judiciário pelo Supremo Tribunal Federal. Por via indireta (regras da primeira eleição), foram eleitos Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto como vice.
• Deodoro da Fonseca: Segundo a “lei de responsabilidade”, o presidente eleito seria responsável pelos crimes que cometera. Havia uma oposição entre o Congresso e Deodoro da Fonseca, por conta de denuncias de corrupção. O presidente, para não ser impedido de governar, decreta um golpe de estado, onde a Câmara é fechada e decreta estado de sítio (suspensão de garantias fundamentais aos cidadãos). Reagindo ao golpe, acontece a Primeira Revolta da Armada, que exige a renúncia de Deodoro, ameaçando bombardear o Rio de Janeiro. O presidente atendeu às exigências e Floriano Peixoto assumiu o governo.
• Floriano Peixoto (23/11/1891 – 15/11/1894): Os generais defendiam o artigo 42, que dizia que em caso de deposição ou renúncia do presidente, haveria nova eleição. Floriano enfrenta os oficiais, reformando-os compulsoriamente. Nesse período, há Revolta Federalista do Rio Grande do Sul (a briga entre pica-paus – situacionistas do Partido Republicano e maragatos, do Partido Federalista) que teve destaque com a intervenção do governo central para por fim ao conflito. Durante o governo de Floriano, acontece a Segunda revolta da Armada. Porém, Floriano enfrenta os revoltosos, que fogem com a ajuda de navios portugueses, o que faz Floriano Peixoto romper relações diplomáticas com Portugal. O fato de ter resistido à revolta conferiu muita popularidade a Floriano, que ficou conhecido como Marechal de Ferro.
• Prudente de Morais (15/11/1894 - 15/11/1898) – Reativou as relações com Portugal. Durante seu governo aconteceu a Guerra de Canudos, uma das maiores carnificinas já vistas em nossa história. Aconteceu de 1895 até 1897 e foi liderada por Antonio Conselheiro. De caráter messiânico, Canudos se estabeleceu como uma autarquia (autossuficiente), o que revoltou os grandes fazendeiros da região. As tropas republicanas dizimaram a população, que não se rendeu. No término de seu mandato, Prudente de Morais sofre um atentado, no qual morre seu ministro de guerra, o Marechal Bittencourt.

9º ANO: SEGUNDA GUERRA MUNDIAL





• Antecedentes: Foram várias as crises que culminaram na Segunda Guerra Mundial: as dívidas de guerra alemã, os novos países e fronteiras que surgiram com o Tratado de Versalhes, os problemas no Oriente Médio entre Turquia, França e Inglaterra, o choque de interesses entre o Japão e os EUA e a intervenção italiana na Etiópia.
• Expansionismo Alemão: Hitler cria uma situação na Europa em que a guerra era iminente. 1) A Alemanha retira-se da Liga das Nações (1933), 2) Se rearma clandestinamente, 3)Faz o pacto de não agressão Germano-Polonês (1934), 3) Anschluss (1934), abortada por causa de Mussolini; 4) permissão da França para a Itália agir livremente na Etiópia, 5) restabelecimento do recrutamento militar na Alemanha 5) Inglaterra reconhece implicitamente o rearmamento alemão (1935) 6) Leis de Nuremberg (1935) colocam os judeus fora das leis da Alemanha 7) Remilitarização da Renânia (1936), 8) Eixo Roma-Berlim (1936) 9) Pacto Antikomintern entre Alemanha e Japão (1936) 10) Intervenção alemã na Guerra Civil Espanhola (1937) 11) Intervenção inglesa e política de apaziguamento em relação aos Sudetos (1937) 12) consolidação da Anschluss (1938).
• Crise dos Sudetos: Uma região da recém formada Tchecoslováquia (1918), onde viviam os alemães (os Sudetos), estavam sob liderança da Tchecoslováquia. Hitler defendia a anexação do território. A situação se agrava em 1938.
• Conferência de Munique (1938): para tentar resolver a questão dos Sudetos, a Inglaterra propõe uma Conferência, que conta com a participação da Itália e Alemanha e França. Preservam a independência da Tchecoslováquia, porém, permitem a anexação dos Sudetos.
• Desmembramento da Tchecoslováquia: Hitler ocupa, além dos Sudetos, a Boemia e a Moravia. Hungria e Polônia ocupam o que restou da Tchecoslováquia, que deixa de existir.
• Questão Polonesa: Determinação do Tratado de Versalhes, o Corredor Polonês cortava a Alemanha em duas. Hitler, querendo acabar com a imposição, não consegue apoio da Inglaterra, pois tinha quebrado o acordo do Pacto de Munique, garantindo a independência da Polônia em 1939.
• Aumenta a tensão: Mussolini invade e anexa a Albânia, e forma com Hitler o Pacto de Aço (1939), aliança ofensiva-defensiva em caso de guerra.
• Pacto Germano-Sovietico (Ribbentrop-Molotov) – O lado que tomaria a URSS seria fundamental para os caminhos das negociações. Hitler propõe o acordo Germano-Soviético, assinado em 1939, que dava carta branca para a ocupação da Polônia. Fazia parte do plano uma cláusula secreta que previa a partilha da Polônia entre alemães e soviéticos.
• Deflagração da guerra – sem declaração formal, tropas alemãs invadem a Polônia em 1939. Inglaterra exige a sua saída, mas a Alemanha nega. Inglaterra declara guerra à Alemanha. A França faz o mesmo.
• Periodização: 1939-1941 (países do Eixo), 1942-1945 (aliados)
• Blitzkrieg: A Polônia foi arrasada em três semanas por ataques aéreos e carros blindados. Era a guerra-relâmpago, posteriormente conhecida como Blitzkrieg.
• Drôle de Guerre (Guerra de Bricadeira)- Frente aos ataques alemães, os franceses se abstiveram de tomar iniciativa de ataques, o que ficou conhecido como drôle de guerre.
• Ofensiva alemã: Alemanha ocupa a Dinamarca, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, atacando em duas frentes, pelo norte e pelo Sul. Em seguida, em 1940, ocupam o sul da França, com sede em Vichy. Termina a Terceira República Francesa.
• Batalha da Inglaterra: Charles de Gaulle pede que os franceses resistam à ocupação alemã, formando-se a Resistência Francesa. A Inglaterra é o único país a resistir às potências do Eixo. Ao tentar atacar o país, Hitler recebe forte resistência inglesa. Hitler adia o desembarque.
• Guerra nos Mares: Hitler queria forçar a rendição da Inglaterra pela fome e falta de recursos. Em 1841, Churchill e Roosevelt dão a público a Carta do Atlântico, enunciando princípios democráticos que norteariam o mundo pós-guerra.
• Operação Barbarossa: As relações entre Alemanha e URSS eram cordiais, mas com muitas desconfianças. Em 1940, Hitler ocupa as Repúblicas Bálticas, para garantir suprimentos para garantir a invasão no território russo. A Operação Barbarossa deveria ocupar a Rússia, iniciando pela Ucrânia, Leningrado e Moscou. Com o tempo, longe de suas bases, as forças alemãs foram se desgastando.
• Pearl Harbor: Os japoneses atacam, com a força kamikaze, a base norte-americana de Pearl Harbor no Havaí. Os japoneses estavam expandindo-se comercialmente e militarmente, e, ocupando a Manchúria, desgastaram as relações da China com os EUA. O Japão, durante a Segunda Guerra, era aliado da Alemanha. Ao ocupar as colônias francesas da Indochina, na China, provocam reação dos EUA, que exigem sua retirada, por afetar seus interesses na área. O governo norte-americano passa a aplicar uma série de sanções aos japoneses, que, como resposta, ataca a base norte-americana no Havaí, e, em pouco tempo, ocuparam boa parte das ilhas no Pacifico. Enquanto isso, os países do Eixo sofrem duras perdas. A entrada dos EUA e a ofensiva da URSS são fundamentais nesse período.
• Derrotas japonesas e alemãs: Os japoneses começam a acumular derrotas, passando de iniciativa a defensiva. Enquanto isso, os Alemães são contidos, além de perderem a Batalha de Stalingrado, passando também à ofensiva em 1943.
• Queda de Mussolini: Os Aliados desembarcam na Sicilia, invadindo e destituindo Mussolini (1943), sendo que a Itália passa a lutar ao lado dos Aliados contra a Alemanha. Nesse contexto, se destaca a FEB, que ajudou a expulsar os alemães da península itálica.
• O dia D: Aliados desembarcam no norte da França, na Normandia, sob comando de Eisenhower. O chamado dia D (06/06/1944) faz com que os alemães recuem. A ofensiva oriental da URSS se junta ao ataque, impondo pesadas derrotas aos alemães.
• Rendição alemã: No inicio de 1945, a Alemanha estava ocupada por todos os lados. As fontes de suprimentos estavam esgotadas. Hitler se suicida em Berlim (02/05/1945). Os alemães se rendem cinco dias depois.
• Resistência japonesa: Os japoneses ainda resistiam. Cálculos dos estrategistas norte-americanos levaram à conclusão de que a guerra poderia se estender ao longo de 1946. Resolvem então, recorrer às bombas atômicas, que assolam as cidades de Hiroshima e Nagasaki (06 e 09 de agosto de 1945). O Japão se rende no dia 02/09/1945.

9o. Ano - Inglaterra, França, Portugal e Espanha

• Inglaterra: a mais importante potencia Européia: Inglaterra sai como uma grande potência ao final da Primeira Guerra Mundial, graças às políticas interna e externa. Reformas fazem do país uma democracia representativa, introduzindo o voto feminino em 1928. Os trabalhistas tomam a dianteira do ministério, que tentou conter a Crise de 1929 com o abandono do livre-cambismo e intervenção do Estado. Em 1935, os conservadores retomam o poder e aumentam as tensões que culminaram na Segunda Grande Guerra: a Inglaterra passa a se armar, embora tenha tentado preservar a paz através de encontros internacionais.
• Independência da Irlanda (1921): Em 1905 é fundado o Sinn Féin, partido político nacionalista da Irlanda que lutava pela autonomia do país. Em 1918, o partido tem grande vitória nas votações, mas recusa-se a ocupar os postos no parlamento em Londres e proclamam a fundação de um Parlamento na Irlanda, em 1919. Depois de grande confusão, foi criado o Estado Livre da Irlanda (1921). Os condados do Ulster (protestantes) se recusam a aderir ao ovo Estado (católico).

• França e o final da Primeira Guerra Mundial: A França vence a guerra, mas sai muito debilitada economicamente. O governo do Bloco Nacional propõe uma política austera na economia, causando oposições, o que eleva um governo socialista-radical ao poder, o Cartel das Esquerdas em 1919. Porém, os problemas não são superados e os conservadores voltam ao poder. A volta da austeridade econômica (reequilíbrio da balança comercial e valorização do franco) diminui o desemprego. A crise de 29 faz o Cartel voltar ao poder.

• Vésperas da Segunda Guerra Mundial: Os efeitos da Crise causam radicalização das políticas à esquerda e à direita. É fundada a Cruz de Fogo, de aspirações fascistas. Léo Blum (1936) se torna o primeiro socialista a exercer o cargo de primeiro-ministro, aprovando extensa legislação trabalhista que dissolveu a Cruz de Fogo. A França também adota uma política de rearmamento.

Portugal e Espanha

Portugal: de Monarquia à República: A península ficou muito atrasada e Relação aos avanços da Revolução Industrial. Eram monarquias parlamentares, produtores de matéria-prima e tinham Colônias na África. Em 1910, é proclamada a República, com governos instáveis até entregarem o poder a Antonio Salazar (1936).
Salazar (1926-1974) – Instaura um regime ditatorial inspirado o nazifascismo. Foi uma das mais longas ditaduras, extinta apenas em 1974, com a Revolução dos Cravos. A independência das colônias foi a mais forte conseqüência.

Espanha: de monarquia à república: A República é implantada em 1931, por causa das conseqüências da Crise de 1929. Houve independência de regiões e separação entre Igreja e Estado.
Guerra Civil Espanhola: Em 1936, a Frente Popular, de esquerda vence as eleições. O general Francisco Franco, apoiado pela Igreja Católica, monarquistas, aristocracia rural e conservadores rebelam-se. O país se divide em franquistas (direita, com apoio dos Nazifascistas) e republicanos (de esquerda, com apoio da URSS). Há violentos confrontos entre as milícias, lideradas pelos anarquistas. Brigadas internacionais se formaram para lutar contra Franco. A guerra matou mais de um milhão de pessoas e o general Franco, vencedor, assume o poder em 1939, ficando até sua morte em 1975. A guerra civil é considerada um ensaio geral da Segunda Guerra Mundial, confrontando forças opostas.
Guernica: E 26 de abril de 1937, aviões alemães bombardeiam o povoado Basco de Guernica, matando milhares de pessoas. Tal acontecimento foi imortalizado por Pablo Picasso em seu painel Guernica.
Regime Franquista (1939-1975): Franco extingue a República, elimina a oposição e instaura a ditadura, nos moldes salazaristas. O regime dura até sua morte, quando a Monarquia Parlamentar é restaurada.

9º Ano: A ITÁLIA FASCISTA (1922-1943)




Do Regime Liberal-Parlamento ao Fascismo – Itália – grandes transformações; passou de um regime liberal parlamentarista para uma ditadura fascista. Perdas durante as guerras além de crise entre 1919 e 1920 – desempregados e falta de maioria no Parlamento. Surge na Itália um sentimento antiparlamentarista, pois o povo pensava ser essa classe muito privilegiada. Havia também o antiesquerdismo, onde vários setores da sociedade eram contra as greves. Os esquerdistas seriam traidores, além de ter a oposição da Igreja.
Benito Mussolini – catalisador da situação de crise. Funda o Partido Nacional Fascista (o nome vem de fáscio, objeto usado pelos litores para proteger os magistrados. O símbolo significava a presença de autoridade e a idéia de que a união faz a força, além de evocar a Roma Antiga), adotando a postura antiparlamentarista, antiesquerdista e antibolchevismo, o que lhe deu grande popularidade, contando inclusive com perseguição aos grupos contrários.
Marcha sobre Roma – É o nome que se dá ao processo decisivo de conquista de poder de Mussolini em 1922. Organizou os “camisas negras” numa marcha até Roma, explorando a fraqueza do governo. O rei Victor Emanuel II recusou-se a decretar estado de sítio, demitiu o primeiro ministro e convidou Mussolini para organizar o novo governo. Os fascistas tomaram o poder sem qualquer resistência. Em 1924, o partido fascista teve 65% dos votos. O deputado socialista Giacomo Matteoti denuncia a fraude eleitoral e é assassinado na cadeia. O fato desencadeou um movimento de contestação, que deu origem às “leis fascistíssimas”.
Leis Fascistíssimas: 1) O Duce (condutor) seria apenas responsável aos olhos do rei, e não mais ao Parlamento; 2) podia legislar por decretos; 3) os ministros seriam apenas consultivos; 4)Imprensa, cinema e rádio seriam censurados; 5) O governo local das províncias é extinto; 6) A oposição é confinada em cadeias; 7)É restabelecida a pena de morte; 8) todos os deputados não-fascistas são expulsos; 9) é aprovada a Carta Del Lavoro, que passa a mediar as relações entre o capital e o trabalho.
A “Doutrina do Estado”- o estado teria poder Absoluto
Estado Autoritário e Totalitário: O Estado passa a sobrepor-se ao indivíduo, que tem suas liberdades restringidas. Todos os poderes vão para as mãos de um só líder.
Acordo de Latrão: Mussolini queria resolver a Questão Romana, que opunha a Igreja à Itália. O papa concordava em reconhecer a Itália como Estado enquanto que estendia domínios sobre o Vaticano, Latrão e Castelgandolfo.
Itália na Segunda Guerra Mundial: Lutou ao lado dos alemães. Em 1943, se extingue o fascismo na Itália. Mussolini, junto com seus colaboradores, é executado em 1945.

A ALEMANHA NAZISTA (1933-1945)

Fundação da Republica de Weimar: Ao fim da primeira Guerra Mundial tem origem a republica de Weimar, depois da Revolta Espartaquista, liderada por Karl Liebknecht e Rosa de Luxemburgo. A República passa a ser democrática-parlamentar, e seria inspirada nos ideais socialdemocratas. Mas, num país que não tinha tradição republicana, a República se mostrava frágil. A esquerda condenava a Republica por ter massacrado a Revolta Espartaquista e consideravam-na traidora pela assinatura do Tratado de Versalhes.
Fortalecimento do Nazismo: Nas eleições, equilibravam-se representantes monarquistas e de esquerda. A inflação e o desemprego eram alarmantes. Tropas francesas ocupam o vale do Ruhr para assegurar que a divida de guerra fosse paga. Os comunistas fizeram levantes e os monarquistas tentaram um golpe na Baviera com a ajuda de Adolf Hitler - Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (putsch da Cervejaria). A crise de 1929 serviu para que a figura de Hitler, nacionalista e anti-semita, se fortalecesse. Os nazistas usavam uniforme e utilizavam a suástica como símbolo. Aproveitando-se da invasão ao Vale do Ruhr, tenta tomar o poder na Baviera (putsch da cervejaria) e é preso. Na prisão, escreve seu livro Minha Luta, organizando também a SA e a SS. O partido era bastante heterogêneo. O que unia os partidários era o ódio à democracia, à esquerda e aos judeus. Em 1933, Hitler foi nomeado chanceler do Reich.
Alemanha Nazista: Hitler foi colocado no poder por um pequeno grupo de monarquistas católicos que esperava fazer dele um joguete. Mas logo mostrou que não seria bem assim. Com o incêndio do Reichtag, Hitler culpa os comunistas e coloca 4 mil deles em campos de concentração. Com a morte de Hindenburg, Hitler passa a ser também o presidente da Alemanha, tornando-se o Reichfuhrer (chanceler + presidente).
Noite dos Longos Punhais: (1934) O líder da SA tenta usurpar o poder de Hitler que se utiliza da SS para destruir a AS, com o assassinato de mais de mil integrantes. Hitler se consolidava como líder absoluto.
Terceiro Reich: O caráter federativo da República foi extinto. Foram eliminados todos os partidos políticos, criada a Gestapo e campos de concentração. Hitler transforma a Alemanha em uma potencia econômica e inicia a política de rearmamento.
Espaço Vital: Parte do ideário nazista considerava o lebensraum (espaço vital), onde a raça pura germânica deveria exercer seu poder. Para isso, Hitler ignora o Tratado de Versalhes e inicia a política expansionista que seria a gota d’água para o inicio da Segunda Guerra Mundial.

Exercícios: pp. 145-146

9º Ano: O PERÍODO ENTREGUERRAS (1918-1939)




• Novos modelos político-econômicos: Socialismo (URSS) e Nazifascismo (Alemanha e Itália).
• Classificação: Regimes de dissenso (democracia) – participação dos cidadãos direta ou indiretamente, voto com peso idêntico, todo cidadão é livre para fazer suas escolhas na hora do voto, nenhuma decisão tomada pela maioria deve limitar os direitos da minoria, rotatividade de governo.
• Consenso à esquerda (Socialismo) e à direita (Nazifascismo): supõe que não deve haver discordância: direção única e partido único, Estado totalitário. Não há alternância de poder. Características comuns das duas vertentes (esquerda e direita): antiparlamentarismo, vocação para a assistência social, uso de uniformes, dísticos, legitimação do uso da violência.
• Características de regimes de consenso à esquerda: Internacionalismo, progresso e inevitabilidade da revolução, divisão entre exploradores e explorados, igualdade social.
• Características dos regimes de consenso à direita: nacionalismo, antiesquerdismo, racismo, valorização do passado e da tradição.
• Democracia: o “menos pior” dos regimes – ( Péricles: legado grego): garantia de que o presidente não se perpetuará no poder. Supõe igualdade política entre os cidadãos, respeito às leis e autoridades, incentivo à participação nos assuntos políticos, troca de idéias e divergências funcionam como motor da democracia
• Totalitarismo: ditadura seria o melhor governo, porque na concepção de líderes totalitários, governos representativos são facilmente corruptíveis. O ditador é visto como salvador, aquele que sempre acerta. Ex: (Mussolini ha sempre ragione).
• Crises econômicas no Período Entreguerras: O lugar de destaque antes ocupado pela Europa, dá lugar, depois da 1ª Guerra (1914-1918), a países como EUA e Japão. Além disso, a guerra favoreceu a industrialização da Periferia do mundo (Brasil, Argentina, México). Esses países também se urbanizaram. Uma conseqüência disso seria a crise de 1929, que ocasionou uma série de tensões que esquentaram o clima ante 2ª Guerra Mundial.

• A ITÁLIA FASCISTA (1922-1943)

• Do Regime Liberal-Parlamento ao Fascismo – Itália – grandes transformações; passou de um regime liberal parlamentarista para uma ditadura fascista. Perdas durante as guerras além de crise entre 1919 e 1920 – desempregados e falta de maioria no Parlamento. Surge na Itália um sentimento antiparlamentarista, pois o povo pensava ser essa classe muito privilegiada. Havia também o antiesquerdismo, onde vários setores da sociedade eram contra as greves. Os esquerdistas seriam traidores, além de ter a oposição da Igreja.
• Benito Mussolini – catalisador da situação de crise. Funda o Partido Nacional Fascista (vem de fáscio, objeto usado pelos litores para proteger os magistrados. O símbolo significava a presença de autoridade e a idéia de que a união faz a força, além de evocar a Roma Antiga), adotando a postura antiparlamentarista, antiesquerdista e antibolchevismo, o que lhe deu grande popularidade, contando inclusive com perseguição aos grupos contrários.
• Marcha sobre Roma – É o nome que se dá ao processo decisivo de conquista de poder de Mussolini em 1922. Organizou os camisas negras numa marcha até Roma, explorando a fraqueza do governo. O rei Victor Emanuel II recusou-se a decretar estado de sítio, demitiu o primeiro ministro e convidou Mussolini para organizar o novo governo. Os fascistas tomaram o poder sem qualquer resistência. Em 1924, o partido fascista teve 65% dos votos. O deputado socialista Giacomo Matteoti denuncia a fraude eleitoral e é assassinado na cadeia. O fato desencadeou um movimento de contestação, que deu origem às “leis fascistíssimas”.
• Leis Fascistíssimas: 1) O Duce (condutor) seria apenas resposavel aos olhos do rei, e não mais ao Parlamento. 2) podia legislar por decretos 3) os ministros seriam apenas consultivos, 4)Imprensa, cinema e rádio seriam censurados 5) O governo local das províncias é extinto, 6) A oposição é confinada em cadeias 7)É restabelecida a pena de morte 8) todos os deputados não-fascistas são expulsos 9) é aprovada a Carta Del Lavoro, que passa a mediar as relações entre o capital e o trabalho.
• A “Doutrina do Estado”- o estado teria poder Absoluto
• Estado Autoritário e Totalitário: O Estado passa a sobrepor-se ao individuo, que tem suas liberdades restringidas. Todos os poderes vão para as mãos de um só líder.
• Acordo de Latrão: Mussolini queria resolver a Questão Romana, que opunha a Igreja à Itália. O papa concordava em reconhecer a Itália como estado enquanto que estendia domínios sobre o Vaticano, Latrão e Castelgandolfo.
• Itália na Segunda Guerra Mundial: Lutou ao lado dos alemães. Em 1943, se extingue o fascismo na Itália. Mussolini, junto com seus colaboradores, é executado em 1945.

• A ALEMANHA NAZISTA (1933-1945)

• Fundação da Republica de Weimar: Ao fim da primeira Guerra Mundial tem origem a republica de Weimar, depois da Revolta Espartaquista, liderada por Karl Liebknecht e Rosa de Luxemburgo. A republica passa a ser democrática-parlamentar, e seria inspirada nos ideais socialdemocratas. Mas, num país que não tinha tradição republicana, mostrava fragilidade. A esquerda condenava a Republica por ter massacrado a Revolta Espartaquista e consideravam-na traidora pela assinatura do Tratado de Versalhes.
• Fortalecimento do Nazismo: Nas eleições, equilibravam-se representantes monarquistas e de esquerda. A inflação e o desemprego eram alarmantes. Tropas francesas ocupam o vale do Ruhr para assegurar que a divida de guerra fosse paga. Os comunistas fizeram levantes e os monarquistas tentaram um golpe na Baviera com a ajuda de Adolf Hitler Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (putsch da Cervejaria). A crise de 1929 serviu para que a figura de Hitler, nacionalista e anti-semita, se fortalecesse. Os nazistas usavam uniforme e utilizavam a suástica como símbolo. Aproveitando-se da invasão ao Vale do Ruhr, tenta tomar o poder na Baviera (putsch da cervejaria) e é preso. Na Prisão, escreve seu livro Minha Luta, organizando também a SS. O partido era bastante heterogêneo. O que unia os partidários era o ódio à democracia, à esquerda e aos judeus. Em 1933, Hitler foi nomeado chanceler do Reich.
• Alemanha Nazista: Hitler foi colocado no poder por um pequeno grupo de monarquistas católicos que esperava fazer dele um joguete. Mas logo mostrou que não seria bem assim. Com o incêndio do Reichtag, Hitler culpa os comunistas e coloca 4 mil deles em campos de concentração. Com a morte de Hindenburg, Hitler passa a ser também o presidente da Alemanha, tornando-se o Reichfuhrer (chanceler + presidente).
• Noite dos Longos Punhais: (1934) O lider da As tenta usurpar o poder de Hitler que se utiliza da SS para destruir a AS, com o assassinato de mais de mil integrantes. Htler se consolidava como líder absoluto.
• Terceiro Reich: O caráter federativo da Republica foi extinto. Foram eliminados todos os partidos políticos, criada a Gestapo e campos de concentração. Hitler transforma a Alemanha em uma potencia econômica e inicia a política de rearmamento.
• Espaço Vital: Parte do ideário nazista considerava o lebensraum (espaço vital), onde a raça pura germânica deveria exercer seu poder. Para isso, Hitler ignora o Tratado de Versalhes e iicia a política expansionista que seria a gota d’água para o inicio da Segunda Guerra Mundial.

9º Ano: A REVOLUÇÃO RUSSA






• Império Russo, potência do século XIX: Isso de deve à sua vasta extensão, potencial em recursos naturais e humanos. Durante os reinados de Catarina II e de Pedro, o Grande, ocorreram algumas iniciativas de ocidentalização. Também por essa posição, foi um dos países árbitros do Congresso de Viena (1814-1815). O Império se constituía como uma autocracia (onde o monarca tem poderes ilimitados). O poder se concentrava nas mãos do czar e a sociedade era dividida em três estados: clero, nobreza e servos. A agricultura era a principal atividade.
• Problemas Internos do Império: Se destacam o vasto território e o atraso em relação às outras potências européias. A agricultura, realizada pelos servos que viviam sob péssimas condições de vida: Rússia, um país agrícola, tinha problemas sérios com relação à alimentação da própria população. A corrupção assolava o país. Além disso, a Rússia comportava uma série de etnias em seu território, cada um com língua e identidade próprias. A política de “russificação” gerava o ressentimento entre os habitantes.
• Problemas externos do Império: Japão: Entre 1860 e 1870, Rússia e Japão desenvolveram-se industrialmente, e passaram a competir por mercados, sobretudo a China, rica em matéria-prima e consumidores. A rivalidade gerou a guerra Russo-Japonesa (1904-1905). Polônia: Os poloneses queriam a independência de seu país, anexado à Rússia por ocasião do Congresso de Viena. Turquia: A disputa por meios de locomoção ocasionou a Guerra da Criméia, onde a Rússia foi derrotada com o apoio das potencias ocidentais à Turquia. Áustria-Hungria: quando o país tentava anexar os territórios bálticos como uma opção para saída para o mar, a Rússia incentivava o nacionalismo dos países eslavos, colocando a Áustria-Hungria e Rússia em lados opostos.
• Autocracia Russa no século XIX: Alexandre I (1801-1825) – Em seu reinado acontecem as Guerras Napoleônicas, sendo que a campanha da Rússia é importante para a derrota de Napoleão. Participou ativamente do Congresso de Viena e propôs a criação da Santa Aliança. Nicolau I (1825-1855) – Amargou a derrota da Guerra da Criméia. Alexandre II (1855-1881) – responsável pela expansão do Império em direção ao pacifico. Emancipa os servos em 1861, faz uma reforma judiciária, cria os zemstvos (assembléia). Alexandre III (1881-1894) – Continua a expansão do Império, desenvolve a industrialização e a construção de ferrovias. Nicolau II (1894-1897) – Foi o último dos Romanov. A derrota para o Japão evidencia a ineficiência da política russa. Em 1905 se instaura uma Monarquia Constitucional e a Duma (poder legislativo). Os problemas em decorrência da Primeira Guerra fazem o czar abdicar o trono em 1917, deixando o poder para Kerenski (ministro da justiça) e Lvov (primeiro-ministro)
• A revolução e o fim do czarismo: A falta de gêneros alimentares faz estourar uma revolta, onde a Duma forma um governo provisório que de fato é controlado pelos sovietes, formado por soldados e operários russos.
• Grupos e partidos políticos: Cadetes: defendiam a Monarquia Constitucional. Socialistas Revolucionários: formado por camponeses e adeptos de formas terroristas para atingir o poder. Partido Operário Social Democrata Russo: mencheviques: minoria – defendia a transição gradual para o socialismo. Bolcheviques: maioria – defende a implantação imediata do socialismo, onde o partido deve ser a vanguarda da revolução. Tinha Lênin como líder. Lênin defendia a saída da Rússia da guerra, voltou para a Rússia com o auxílio da Alemanha, para quem era cômoda a desistência Russa.
• As “Teses de Abril”: Proclamadas por Lênin, centravam-se em quatro pontos fundamentais: ditadura do proletariado, terras aos camponeses, nacionalização das indústrias e paz sem indenizações ou anexações.
• Governo de Coalizão: Bolcheviques organizam manifestações contra a guerra e são perseguidos pelo governo. Lênin refugia-se na Finlândia. As manifestações continuam e o primeiro-ministro Lvov renuncia.
• 2º Governo de Coalizão: General Kornilov organiza o putsch contra Kerenski. Com o apoio dos bolcheviques, Kornilov é preso, e isso fortalece a imagem dos bolcheviques, que predominam no governo de Kerenski.
• Ultimo Governo – Kerenski: Trotski organiza um dispositivo militar em Petrogrado que ocupa toda a estrutura da Rússia. Os membros do governo são presos, e é proclamado todo poder aos sovietes.
• Ovo Governo: Lênin passa a presidir o Conselho de Comissários do Povo, sendo Trotski e Stalin membros importantes do governo.
• Rússia retira-se da guerra: Assinatura da Paz de Brest-Litvosk (1918), que determinava que a Rússia perdia os territórios para a Alemanha e Áustria-Hungria, além de comprometer-se a pagar uma dívida de guerra, favorecer a Alemanha em transações comerciais e não fazer propaganda bolchevique no resto da Europa.
• Contra-Revolucão: França, Inglaterra e EUA apóiam um movimento contra-revolucionários, o Exército Branco, vencido pelo Exército Vermelho de Trotski.
• Comunismo de Guerra (1918-1921): Durante a guerra civil, o governo colocava todos os recursos a disposição do Ministério da Guerra. Todos deviam trabalhar no mesmo sentido e os desvios eram seriamente punidos.
• Nova Política Econômica: NEP – medidas para estimular a produção, com pequena abertura para as práticas de mercado. A URSS forma-se em 1922.
• Questão sucessória: Com a morte de Lênin em 1924, há a disputa pelo poder entre Stalin e Trotski. Stalin defendia a idéia de socialismo de um país só, enquanto Trotski defendia a revolução socialista universal. Stalin vence a disputa, instaura um governo repressor e persegue Trotski até seu assassinato no México em 1940.

Exercícios: p. 131

9o. CRISE NO REGIME MONÁRQUICO




• Fatores da Crise: a monarquia começa a ser sinônimo de imobilidade. Há também uma crise de autoridade, que culminou na derrubada do regime e implantação da Republica. Vale lembrar: os militantes eram poucos, mas muito bem organizados e disciplinados.
• Transformações econômicas: No decorrer do século XIX – transferência do eixo econômico do Nordeste (açúcar) para o Sudeste (café). A nova elite soube usar o Estado como instrumento dos seus interesses; a imigração aumentou o consumo e o Brasil entrava num processo de urbanização.
• Transformações sociais: Passagem da escravidão para o trabalho livro e a chegada de imigrantes. O próprio Estado patrocinou o processo abolicionista, além da existência de sociedades abolicionistas (José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Luis Gama e Castro Alves). Em 1871 há a Lei do Ventre Livre; Ceará e Amazonas libertaram seus escravos em 1883 e 1884; lei dos Sexagenários (1885) e a Lei Áurea (1888).
• Transformações políticas: havia a vontade de que se houvesse uma política descentralizada do poder do monarca: a república identifica-se à descentralização e à democracia. Havia o desejo de transformar as províncias em estados, com autonomia do governo local.
• Problemas específicos no final do regime monárquico: questões militares, religiosas, de sucessão ao trono e dos Republicanos do 14 de maio:
- Questões militares: Guerra do Paraguai e conflitos entre oficiais do exercito e governo que colocaram o Exercito contra a monarquia
- Questões religiosas: Padroado: Imperador podia indicar bispos – Beneplácito: todas as bulas papais deveriam passar pelo crivo do imperador. Os bispos de Olinda e Belém decidem condenar a maçonaria (que tinha vários membros no governo, inclusive o próprio Imperador). Houve o decreto da prisão dos bispos e o rompimento da Igreja e do Estado. Tal “questão religiosa” colocou a Igreja contra a Monarquia.
- Questão da sucessão do trono: Vários setores eram contrários à idéia de um 3º Reinado e antipatizavam com o marido da Princesa Isabel, o Conde d’Eu.
- Republicanos do 14 de Maio: os proprietários de escravos, que apoiavam a monarquia, não contava que esta mesma fizesse a Abolição. Eles retiraram então o apoio dado à Monarquia, sendo considerados pejorativamente como “Republicanos do 14 de Maio”.
• Balanço dos Conflitos: clima geral de descontentamento: os republicanos se aproveitam desse estado de coisas.
• Militantes Republicanos: Junto de jovens oficiais do exército (liderada por Benjamin Constant, proclamaram a República.
• Republicanos históricos: Signatários do Manifesto republicano de 1870 e ligados aos interesses dos cafeicultores. Defendiam o federalismo.
• Oficialidade jovem do exército: Liderados por Benjamin Constant, seguiam a cartilha positivista de Augusto Comte. Não defendiam o federalismo, queriam a ditadura republicana, caracterizada pela centralização político-administrativa.
• Características positivistas da Republica: separação entre Estado e Igreja; criação do registro civil; secularização dos cemitérios; reforma no ensino e o dístico na bandeira: Ordem e Progresso.

Exercícios: 38 à 40

9o. Ano - SEGUNDO REINADO (1840-1889)




• Consolidação do Estado: Durante o período que vai da Regência à Maioridade, há a consolidação do Estado Brasileiro. A última revolta teria sido a Praieira (1848), que se seguiu de um período pacífico.
• Regresso conservador: preocupação com a ordem que gerou uma centralização político-administrativa. A integridade territorial foi mantida.
• Prática parlamentar: Diferente da monarquia inglesa, onde o rei reina, porém não governa, a Constituição de 1824 determinava que o Imperador exerceria dois poderes: o Moderador e o Executivo, nomeando e destituindo ministros ao seu bel prazer.
1847- Por lei, cria-se a figura do conselho de ministros, indicado pelo Imperador, que deveria ter além de sua confiança, a do Legislativo. Por vezes, a Câmara dos Deputados não concordava com a política do ministério. Se, desejasse preservar o ministério, o Imperador deveria dissolver a Câmara e convocar novas eleições. Porém, crises não ocorriam, pois a população votava junto do governo. Tal interferência do imperador fez com que o nosso parlamentarismo fosse considerado como Parlamentarismo às avessas. Os poderes governavam em sintonia
• Liberais e Conservadores: os dois grupos revezaram-se no governo. Às vezes unidos e outras rivais, os dois partidos representavam interesses semelhantes, ou seja, o dos grandes proprietários rurais e escravocratas. Diferenças apenas nas questões político administrativas: conservadores davam prioridade na centralização da política e administração enquanto que os liberais pretendiam fortalecer os governos locais. A diferença era mais de forma que de conteúdo.
• Economia cafeeira: importantíssima, pois sustentou a economia nacional. Chegou em 1727, iniciando seu plantio em lavouras domésticas, ampliando a produção em escala comercial no século XIX. A produção se deu principalmente no Sudeste, utilizando mão de obra escrava vinda da África ou comprada do Nordeste. Há a alteração da sociedade brasileira, que se baseava na diferença entre senhores e escravos: agora existiam os imigrantes. Há o desenvolvimento de ferrovias, manufatura e surge uma elite empresarial.
• Tráfico de escravos: Compromisso com a Inglaterra desde 1808. Lei Barbacena (1831) – proibia o tráfico negreiro, mas ficou apenas no papel. Inglaterra reage com a Bill Aberdeen, em 1845, que diz que aprisionaria qualquer navio brasileiro que transportasse escravos. Em 1850 é assinada a Lei Eusébio de Queiroz.
• Imigração européia: com o fim do tráfico, a mão de obra escrava encareceu. O governo passou a investir na imigração, onde o pioneiro foi Nicolau Pereira de Santos Vergueiro (1847), que instituiu o sistema de parceria, sistema de “sociedade” que aos poucos se tornou uma escravidão disfarçada. Em 1870 há a modificação do sistema (salário fixo). A imigração se consolida e a agricultura se expande.
• Surto Manufatureiro: Tarifa Alves Branco (1844)- aumentava 30% o imposto sobre os produtos importados. Outro fator: o fim do trafico negreiro levava capitais para outras áreas da economia. Os imigrantes movimentaram o mercado consumidor. Pioneiro nas indústrias: Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá.
• Cafeicultura no Oeste Paulista: Dois momentos: Rio, Minas e Vale do Paraíba (técnicas rudimentares, baixa produtividade e condições precárias de transporte e uso da mão de obra escrava); e Oeste Paulista (terra rossa (vermelha) = roxa; Mao de obra imigrande, investimento em ferrovias e em infra-estrutura).

Exercícios: 23 e 24 p. 161

SEGUNDO REINADO – POLÍTICA EXTERNA

• Questões com a Inglaterra: tais problemas se referem sobretudo às questões da escravidão, acentuadas pela Bill Aberdeen (1845) e pela Questão Christie (1862).
• Motivos do envolvimento na guerra do Paraguai: Outros fatores além do fato do Paraguai estar desenvolvendo uma política de crescimento econômica independente da Inglaterra, principalmente o controle da navegação pela bacia do Prata (vias de acesso à Província do Mato Grosso).
• Campanha contra Oribe e Rosas: No Uruguai, dois partidos disputavam o poder: os blancos e os colorados, que tinham o apoio do Brasil, que jutos, derrubam Oribe (Uruguai) e Rosas (Argentina).
• Campanhas contra Aguirre e Guerra do Paraguai: Alteram-se as alianças: Aguirre (Uruguai) se alia a López (Paraguai). O Brasil invade o Uruguai, ocupa Montevidéu a faz exigências de que Flores assuma o poder e que o Uruguai se alie contra o Paraguai.
• Eclosão da Guerra do Paraguai: Solano Lopez toma conhecimento das pressões feitas pelo Brasil e envia uma nota de protesto ao Rio, que nada responde. O Paraguai então aprisiona o navio Marquês de Olinda – que acabava de passar por Assumpção. Tal ação provocou a declaração mutua de guerra entre os dois países (1864).
• Formação da Tríplice Aliança: Como a Argentina não autoriza López adentrar o território para chegar no Uruguai, é invadida por López e declara guerra a ele. Forma-se contra o Paraguai a Tríplice Aliança Brasil – Uruguai – Argentina.
• Principais episódios militares da Guerra do Paraguai:
1. 1º grande confronto: Batalha de Riachuelo (11.06.1865), próximo a Corrientes.
2. Rendição de Uruguaiana – A partir daqui se decide invadir o Paraguai.
3. Batalha de Tuiuti - (maio 1866)
4. Retirada para Laguna (1867) – derrota e retirada
5. Dezembrada – 4 batalhas lideradas por Caxias que danificam o armamento militar.
6. Ocupação de Assumpção (1869) – Solano López não se rende
7. Combate de Cerro Corá (01.03.1870) – execução de López e destruição da infra estrutura do Paraguai.
• Principais episódios militares da Guerra do Paraguai: A guerra coincidiu com a crise do regime monárquico e proporcionou o aumento da importância do Exercito. A questão também reacendeu a questão da abolição.

9o. Ano - PERIODO REGENCIAL




Abdicação = consolidação da independência brasileira. Portugueses foram afastados do governo e substituídos por brasileiros e os conflitos sociais se afloraram.
- Surgimento de grupos políticos:
- Restauradores (caramurus) - Defendiam a volta de Dom Pedro I ao trono,
- Liberais moderados – (chimangos) eram monarquistas e viam na figura do imperador a manutenção de seus privilégios. Admitiam mudanças na carta de 1824, mas ainda defendiam um governo centralizado.
- Liberais exaltados - (farroupilhas) – formado por pequenos e não-proprietários. Oscilavam entre o desejo de uma monarquia descentralizada e a proclamação da república. Defendiam o federalismo.

Durante o período regencial prevaleceu a tendência dos liberais moderados. Diminuíram as ações do executivo e atribuíram funções ao legislativo, o que aumentou o poder das elites.

- Elites: queriam manter a ordem. Criação da Guarda Nacional, comandada pelo Duque de Caxias. Era um instrumento de manutenção da ordem oligárquica. Devia defender a nação e a Constituição, porém, se tornou instrumento de repressão. Outra manobra para manter a ordem foi a aliança entre moderados e restauradores contra os exaltados.

- Ato adicional de 1834 – mudou algumas coisas na constituição de 1824. Mantém o poder moderador e o senado vitalício, mas substitui a Regência Trina pela Una. O primeiro regente Uno foi Diogo Feijó. Tais aspectos contraditórios possibilitaram mais uma cisão: os progressistas e regressistas (favoráveis e opositores ao ato adicional). A lei de autonomia legislativa das províncias é revista. Com medo de perder a autonomia, as províncias lideram um movimento em prol da antecipação da maioridade de D. Pedro (1840).

Durante o período regencial, a “ausência” de um governante fez eclodir muitas manifestações no país como:

- Cabanagem (1835 – 1840) – Uniu amplos setores sociais: escravos fugidos, camponeses, índios, mestiços, comerciantes e parcela da elite local. A maioria popular vivia em extrema miséria e não aceitava o novo governo, queriam a volta de D. Pedro I. os governadores determinados pela regência governaram as províncias do Grão-Pará e Rio Negro com muita severidade. Em 1835, os cabanos ocupam Belém e executam o governador. Rebeldes assumem o governo e as tropas regenciais não conseguem reverter a situação. Com a radicalização do movimento, as elites abandonaram os cabanos. Porém, apesar da nova investida regencial, Eduardo Argelim, seringueiro, toma o poder e proclama a República do Pará. Porém, muito isolado, o Pará não resistiu aos ataques das tropas regenciais, que vencem em 1839. O movimento é muito importante, pois é o único em que os populares conseguiram tomar o poder de uma província brasileira.

Revolta do Malês (1835) – Teve lideranças exclusivamente negras. Maleses eram os negros alfabetizados e muçulmanos. Os escravos queriam libertar-se e exterminar brancos e mulatos, que eram considerados grandes delatores de movimentos populares. Foram duramente reprimidos depois de delatados por uma escrava.

Revolta dos Farrapos (1835-1845) – causa: conflitos entre pecuaristas gaúchos e governo central, que passou a reduzir impostos para produtos similares aos dos gaúchos vindos da região do Prata. Porém, foi o sonho republicano proposto pela insurreição que arrematou pessoas para a luta, inclusive Giuseppe Garibaldi.
1835 – Bento Gonçalves proclama a república do Piratini e em 1839 proclamam em Santa Catarina a República Juliana. Em 1845 Duque de Caxias detém o movimento, porém, com a taxação de 25% sobre o charque do Prata.

9o. Ano - PRIMEIRO REINADO – 1822-1831




• Problemas do novo país:
- Guerras da independência, reconhecimento da independência e reunião da Assembléia Constituinte.
- Extensão do Brasil – impossibilitava comunicação rápida entre várias regiões – prejudicava o estabelecimento da ordem.
- Algumas províncias resistiram à Independência (precisaram ser destituídos do poder). São exemplos: Bahia, Piauí, maranhão, Pará e Cisplatina, onde se estabeleceram, sob comando de Bonifácio, as “guerras pela independência”.

• José Bonifácio: ministro de D. Pedro I, tomou algumas providências para a implantação da nova ordem:
- Organizou uma força militar brasileira;
- Comprou navios para operarem na extensa costa brasileira;
- Contratou oficiais que servissem ao novo Império;
- Seqüestrou propriedades de portugueses que resistiram à independência;
- Suspendeu relações comerciais com Portugal

• Guerra de Independência na Bahia: Na Bahia, separavam-se as tropas brasileiras das portuguesas, até as tropas brasileiras organizarem uma expedição pró-Dom Pedro, que, vencedora, integrou a Bahia ao Império do Brasil.
• Guerra de Independência no Piauí, Maranhão e Pará: As juntas de governo entraram em acordo para sustentar a causa de Portugal. Porém, a maioria da população era a favor da causa da Independência. Derrotadas pelas tropas Imperiais, as províncias do Norte passam a fazer pare do Império do Brasil.
• Província Cisplatina: Último foco de resistência portuguesa, também foi incorporado ao Império.

• Reconhecimento da Independência
- Independência do Brasil e a Santa Aliança: Forças que tinham derrotado Napoleão, através do Congresso de Viena, organizam forças militares que partiriam em direção a América Latina para restaurar a colonização dessas áreas. Nesse contexto é que se desenvolve a Doutrina Monroe (1823).
- Importância do reconhecimento – O reconhecimento é a base para o estabelecimento de relações diplomáticas, e também para evitar intervenções da metrópole (que poderia considerar o movimento de independência como “guerra civil”). Primeiro país a reconhecer a independência do Brasil foram os EUA (1824).
- Reconhecimento de Portugal (1825) – Inglaterra mediou o acordo, mediante ao pagamento de indenização que deixou o Brasil endividado com os ingleses. Brasil assumiria o compromisso de abolir o Tráfico Negreiro.

• Assembléia Constituinte
- Um país independente necessitava de uma carta magna, ou seja, de uma constituição. Uma das primeiras providências, então, foi a de eleger uma Assembléia Constituinte. De autoria de Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, tinha como intenção evitar a concentração dos extensos poderes na mão do Imperador.
- Principais aspectos: O Império seria uma monarquia hereditária que se dividiria em três poderes (executivo, legislativo e judiciário). Os senadores teriam cargo vitalício, as eleições seriam indiretas e através do voto censitário – o que fez a constituição de 1823 ser conhecida como “Constituição da Mandioca”. Para ser deputado ou senador, a renda também era medida em “mandioca”.

PRIMEIRO REINADO – PARTE 2

- Dom Pedro I – nomeia um conselho de Estado composto por portugueses – nova Constituição em 1824 (reação absolutista).
- Liberalismo e autoritarismo. 04 poderes: executivo, legislativo, judiciário e poder moderador, exercido por D. Pedro I.
- Igreja Católica – religião oficial. D. Pedro nomeava bispos e outros membros da monarquia eclesiástica (Padroado).

- Confederação do Equador – deflagrada pela nomeação de um governador não desejado para a província de Pernambuco, além da difusão de idéias republicanas e teve apoio do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Grande apoio da imprensa. O afastamento da elite agrária se deu com as propostas do fim do tráfico negreiro e adesão das camadas populares. O movimento perdeu a força e seus lideres foram condenados a morte, onde se destaca Frei Caneca.

- Guerra da Cisplatina: Província anexada pelo Brasil por vontade de Carlota Joaquina. Porém, os cisplatinos, liderados por Lavalleja, conduziram um movimento de independência que se consolidou em 1828.

Crise econômica: o Brasil, baseado no acordo de 1810 com a Inglaterra, passou a importar mais que exportar, acarretando numa crise financeira no país. Só a partir de 1827 é que o café passa a ter um importante papel em nossa economia.

Crise financeira se alia a crise política: bases conservadoras, assassinato de Líbero Badaró e poder moderador estavam causando profundo desconforto na população. Crise chega ao ápice com a morte de D. João VI. Tendo sua imagem fortemente atacada em eventos como “a noite das garrafadas”, Dom Pedro I abdica em nome do filho com então apenas 6 anos, voltando para Portugal para contornar a situação política do país. Para os liberais, a abdicação foi uma vitoria.

9o. Ano - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL



• Pretexto para a Eclosão da Guerra
- 28/06/1914 – Assassinato de Francisco Ferdinando (arquiduque do império austro-húngaro) em Sarajevo por um nacionalista eslavo.
- Grande crise internacional – nacionalismo causa este incidente.

• Da crise à guerra
- 05/07/1914 – Império Austro-Húngaro obtém o apoio da Alemanha em caso de guerra
- Ultimatum – IAH (Império Austro-Húngaro) apresenta um ultimatum à Sérvia, que responde em tom conciliatório, porém, rejeitando duas das 12 exigências feitas.
- IAH considera a resposta insatisfatória.
- 28/07/1914 – IAH declara guerra à Servia, que se alia à Rússia
- 01/08/1914 – Alemanha declara guerra à Rússia
- 03/08/1914 – Alemanha declara guerra à França
- 04/08/1914 - Inglaterra declara guerra à Alemanha

Tríplice Entente X Tríplice Aliança

- Itália – não adere ao conflito inicialmente, juntando-se contra a Alemanha em 1915 em decorrência de promessa de compensações.

• Características
- 27 nações envolvidas
- Poder militar associado à industria e não ao numero de soldados
- Conflito como jamais fora visto.

• Início da guerra e o Plano Schliefen
- Alemães tomam a iniciativa com o plano Schliefen, que almejava invadir e derrotar a França pela Bélgica. E atingir a Rússia. Porém, na luta, ocorre “empate”. Fixam-se posições de trincheira e cada lado procura manter essas posições.
- Russos e alemães se equilibram no front oriental. Inglaterra é muito mais tenaz quanto à estratégia naval, o que faz os alemães apelarem para os submarinos.

• Torpedeamento do navio Lusitânia
- Navios dos EUA (até então neutros) são afundados por torpedos alemães.
- 07/05/1915 – Torpedeamento do navio de passageiros ingleses Lusitânia. 1 198 passageiros são mortos. 128 eram norte-americanos.
- EUA rompem a política de neutralidade.

• Os EUA da Guerra e o término do conflito
- 1917 – EUA entram na guerra, ao lado da Tríplice Entente
- Interesses financeiros estavam em jogo
- Situação melhora para o lado da Tríplice Entente
- 1917 – Revolução Russa e Rússia retira-se da guerra, assinando com a Alemanha o Tratado de Brest-Litovsk em 03/03/1918
- 11/11/1918 – Alemanha assina a rendição e acaba a I Guerra Mundial

• Estabelecimento da Paz

Fim dos grandes Impérios
- Muitos dos grandes impérios se esfacelam:
- II reich – República de Weimar
- Império Autro Húngaro = Muitos estados
Áustria e Hungria = Repúblicas
Polônia, Tchecoslováquia e Polônia = Republicas
Reino da Iugoslávia
- Império Russo – URSS
- Império Turco – República da Turquia
¬
14 pontos de Wilson
14 pontos importantes para se estabelecer uma paz duradoura (Woodrow Wilson)
1) Abolição da Diplomacia secreta
2) Liberdade nos mares
3) Eliminação de barreiras econômicas
4) Redução de armamentos
5) Resolução de questões coloniais
6) Evacuação da Rússia
7) Restauração da Bélgica
8) Alsácia-Lorena para a França
9) Reajuste de fronteiras italianas
10) Principio de autodeterminação
11) Evacuação dos Bálcãs
12) Autonomia para os povos sob domínios turcos
13) Criação de uma Polônia independente
14) Criação de uma Liga das Nações.

Conferência de Paz em Versalhes
- Aconteceu entre 18/01/1919 e 28/06/1919
- Principais participantes: Woodrow Wilson (EUA), Clemenceau (França), Lloyd George (Inglaterra) e o príncipe Orlando (Itália).
- Determinava que a França retomaria a Alsácia-Lorena
- Garantia a independência da Polônia, criando um “corredor polonês” que dividia a Alemanha em duas
- Dantizig, localizada no “corredor”, era considerada “cidade livre”
- Alemanha perdia possessões além-mar. Era responsabilizada pela guerra, é obrigada a desmilitarizar. Assume pesada divida de guerra

Alemanha: sai completamente humilhada da 1ª Guerra. Se a Paz Armada foi o embrião da guerra que ocorreu entre 1914 e 1918, o Tratado de Versalhes é o embrião da ascensão do nazismo e da 2ª Guerra Mundial.

Tratados em separado
- Tratado de Saint-Germain (1919) – Áustria não podia mais se reunir com a Alemanha, perdia sua marinha e reconhecia a independência dos países que antes faziam parte do Império.
- Tratado de Neully (1919) – Bulgária perdia territórios e assumia divida de guerra
- Tratado de Trianon (1920) – Hungria perdia territórios e ¼ da população
- Tratado de Sèvres (1920) – Impunha perdas à Turquia, mas não foi aplicado.
- Tratado de Lausanne (1923) – “Anistia” a Turquia.

Liga das Nações
- Preservaria a paz e a cooperação entre as nações. Deixou muito a desejar.

Exercícios: 8 até 23

9o. Ano - Paz Armada



A Era do Progresso
- 1871 – 1913 – Paz, progresso e esperança
- Humanidade teria ganhado a batalha da civilização – não existiria mais pobreza ou ignorância.
- Países se armavam – embrião da 1ª Guerra Mundial.

Sistema de alianças e crises internacionais
- Nacionalismo, militarismo e imperialismo – forças orientadas no sentido da guerra.
- Forte receio de que uma potência rival tomasse parte de seu território, e também medo de ser ignorado em alguma “questão européia”.

Montagem do sistema de alianças
- 1905 – desconfiança mútua entre Inglaterra, Alemanha, Áustria-Hungria, França, Rússia e Itália – evita alinhamento em dois blocos.
- Após 1905 – França, Rússia e Inglaterra (Tríplice Entente)
Alemanha, Áustria-Hungria e Itália (Tríplice Aliança)
- Separação em dois campos armados: incidentes e crises cada vez mais perigosos.
- Muitas crises: rancor e arrogância cresciam a cada vitória – derrota. Perdedores não queriam mais levar desvantagem e os vencedores queriam mais e mais vantagens.

Focos de tensão e crises internacionais
- Conflito Franco- Alemão – Alsácia-Lorena: alimentado pelo revanchismo francês para retomar os territórios.
- Conflito Ítalo-Austríaco: Itália irridenta. Ultranacionalismo italiano para conquistar regiões do norte italiano (perto da Áustria)
- Crise do Marrocos – entre França e Alemanha – derrota da diplomacia alemã, que tentou intervir na ação francesa do Marrocos.
- Crise Balcânica – Bósnia e Herzegovina faziam parte do Império Turco, porém, estavam sob domínio da Áustria, que, em 1908, anexa os territórios ao seu império, alimentando o revanchismo com sérvios e russos.
- Crise de Agadir – França e Alemanha no Marrocos, que exigem compensações pelo domínio francês no Marrocos. Vitória dos alemães.
- Guerra Turco-Italiana. Itália anexou Trípoli, que pertencia ao Império Turco
- Guerras Balcânicas – Luta contra a Turquia pela Macedônia. Bulgária, querendo a maior parte das terras que restaram do Império Turco, há a revolta contra esta potência.

Exercícios: p. 178
05, 06, 07, 08, 09, 10, 12

9o Ano - UNIFICAÇÃO ALEMÃ




• Formação do estado Alemão

- Dos povos germânicos à organização do Estado – À época do império Romano, a região onde hoje se localiza a Alemanha era habitadas por povos que os romanos chamavam de germânicos. O principal reino é o dos francos, que pelo tratado de Verdun (843), fora dividido em três partes.

- Criação do Sacro Império Romano-Germânico (962) – Oton, o Grande, com a ajuda dos padres para vencer o poder dos senhores feudais, tornou-se chefe da Igreja na Alemanha. Coroado pelo Papa, Oton fundou o Sacro Império Romano-Germânico (I Reich Alemão). O título de imperador não era hereditário. Subornos e concessões para eleger um novo imperador diminuíam sua autoridade. Áustria e Prússia, nesse sentido, eram muito particulares.

- Áustria e Prússia – a Áustria, controlado pelas famílias dos Habsburgos, onseguiram garantir a eleição dos imperadores – hegemonia sobre o Sacro Império. Prússia – Formada na região do Báltico e rival da Áustria, torna-se uma potência militar.
Napoleão, depois de derrotar os austríacos, derruba o Sacro-Império em 1806

- Congresso de Viena – Forma-se a Confederação Germânica (39 estados), presidida pelo imperador da Áustria. Em 134 há a Zollverein para unificar economicamente a nascente confederação. Ou seja, é importante, pois é o primeiro passo para a Unificação política.

- Otto Von Bismarck – Acreditava que a unificação da Alemanha seria feita numa luta contra a Áustria. Para isso, era preciso que a França se mantivesse neutra. Um conflito entre a Prússia e a Áustria acaba com a Confederação Germânica. Cria-se a Confederação da Alemanha do Norte, sob controle prussiano.

- Guerra Franco-prussiana (1870-1871) – Formação dos estados do Sul da Alemanha, em decorrência da Guerra por causa da vacância do trono espanhol. França perde os territórios da Alsácia-Lorena, que aumenta a rivalidade entre os dois países. Forma-se o II Reich, formado por 25 estados confederados, onde a autoridade seria hereditária. Kulturkampf (luta pela cultura), liderada por Bismarck, de caráter anticlerical.

-Weltpolitik - Com Guilherme II, a Alemanha se estabelece como a 2ª maior potência, entrando em colisão com a Inglaterra. Com a derrota na primeira guerra mundial (impulsionada pela entrada dos EUA, acaba o II reich e proclama-se a republica (1919),

9o. Ano - ESTADOS UNIDOS DE 1865 A 1917




• Transformações no Sul

- Derrota do Sul – reconstrução do país e conflitos entre vencedores e vencidos;
- Negros no Sul: direitos de cidadania negados;
- Sul: grandes transformações (grande propriedade desaparece, industrias começam a se desenvolver e surgimento de uma classe média.

• Problema dos ex-escravos

- 1890 – Cláusulas que fundamentavam a não-cidadania dos negros;
- Para votar devia se saber ler, ter alguma fortuna e interpretar corretamente um artigo da Constituição;
- Manobra para livrar os brancos pobres desta classificação: “Lei do avô” – Poderiam aqueles que pais e avós tivessem votado em 1867 (quando nenhum negro tinha direito a voto).
- Problema vai se agravando (aumento da população negra do país).


• Colonização do Oeste e expansão da economia

- Povoamento do Oeste em 20 anos através da colonização (corrida do ouro, plantações e criação de gado).
- Aumento da imigração, que significa aumento da capacidade produtiva do país;
- EUA: grande potencia industrial e agrícola: competição no mercado internacional.

• Do isolacionismo ao imperialismo

- 1823 – 1900 – Mantiveram-se fiéis à Doutrina Monroe;
- Rompe o isolacionismo a partir da Guerra com a Espanha;

• Guerra Hispano-Americana (1898)

- Interesses norte-americanos em Cuba;
- Explosão do encouraçado Maine – abre hostilidades contra as autoridades espanholas;
- - Espanha declara guerra aos EUA;
- Tratado de Paris (1898) – coloca fim à guerra e ao decadente império colonial espanhol: independência de Cuba;
- Tutela norte-americana – Porto Rico e Guam foram cedidos aos EUA.

• Big Stick e Good Neighbor Policy