terça-feira, 26 de janeiro de 2010

9o. CRISE NO REGIME MONÁRQUICO




• Fatores da Crise: a monarquia começa a ser sinônimo de imobilidade. Há também uma crise de autoridade, que culminou na derrubada do regime e implantação da Republica. Vale lembrar: os militantes eram poucos, mas muito bem organizados e disciplinados.
• Transformações econômicas: No decorrer do século XIX – transferência do eixo econômico do Nordeste (açúcar) para o Sudeste (café). A nova elite soube usar o Estado como instrumento dos seus interesses; a imigração aumentou o consumo e o Brasil entrava num processo de urbanização.
• Transformações sociais: Passagem da escravidão para o trabalho livro e a chegada de imigrantes. O próprio Estado patrocinou o processo abolicionista, além da existência de sociedades abolicionistas (José do Patrocínio, Joaquim Nabuco, Luis Gama e Castro Alves). Em 1871 há a Lei do Ventre Livre; Ceará e Amazonas libertaram seus escravos em 1883 e 1884; lei dos Sexagenários (1885) e a Lei Áurea (1888).
• Transformações políticas: havia a vontade de que se houvesse uma política descentralizada do poder do monarca: a república identifica-se à descentralização e à democracia. Havia o desejo de transformar as províncias em estados, com autonomia do governo local.
• Problemas específicos no final do regime monárquico: questões militares, religiosas, de sucessão ao trono e dos Republicanos do 14 de maio:
- Questões militares: Guerra do Paraguai e conflitos entre oficiais do exercito e governo que colocaram o Exercito contra a monarquia
- Questões religiosas: Padroado: Imperador podia indicar bispos – Beneplácito: todas as bulas papais deveriam passar pelo crivo do imperador. Os bispos de Olinda e Belém decidem condenar a maçonaria (que tinha vários membros no governo, inclusive o próprio Imperador). Houve o decreto da prisão dos bispos e o rompimento da Igreja e do Estado. Tal “questão religiosa” colocou a Igreja contra a Monarquia.
- Questão da sucessão do trono: Vários setores eram contrários à idéia de um 3º Reinado e antipatizavam com o marido da Princesa Isabel, o Conde d’Eu.
- Republicanos do 14 de Maio: os proprietários de escravos, que apoiavam a monarquia, não contava que esta mesma fizesse a Abolição. Eles retiraram então o apoio dado à Monarquia, sendo considerados pejorativamente como “Republicanos do 14 de Maio”.
• Balanço dos Conflitos: clima geral de descontentamento: os republicanos se aproveitam desse estado de coisas.
• Militantes Republicanos: Junto de jovens oficiais do exército (liderada por Benjamin Constant, proclamaram a República.
• Republicanos históricos: Signatários do Manifesto republicano de 1870 e ligados aos interesses dos cafeicultores. Defendiam o federalismo.
• Oficialidade jovem do exército: Liderados por Benjamin Constant, seguiam a cartilha positivista de Augusto Comte. Não defendiam o federalismo, queriam a ditadura republicana, caracterizada pela centralização político-administrativa.
• Características positivistas da Republica: separação entre Estado e Igreja; criação do registro civil; secularização dos cemitérios; reforma no ensino e o dístico na bandeira: Ordem e Progresso.

Exercícios: 38 à 40

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