8º Ano: REVOLUÇÃO FRANCESA

• O Antigo Regime na França: Monarquia Absolutista de direito divino. Tinha uma economia agrícola e sociedade organizada em três ordens. Apenas o 3º Estado pagava impostos. A França, em crise, passa a cogitar a possibilidade dos outros estados também pagarem impostos, convocando-se a Assembléia dos Notáveis (1787) e posteriormente a Assembléia dos Estados Gerais (1789).
• Periodização da Revolução: Reunião dos Estados Gerais (1789)
o Assembléia Nacional Constituinte (1789-1791)
o Assembléia Legislativa (1791-1792)
o Convenção Nacional (1792-1795)
o Diretório (1795-1799)
• Reunião dos Estados Gerais: Foram eleitos representantes do clero, nobreza e do Terceiro estado para representarem a nação francesa. Porém, o critério de votação seria o voto por ESTADO, ou seja, cada ordem teria direito a um voto. Nobreza e Clero, votando juntos, garantiriam a vitória, já que a questão a ser decidida era se tais ordens passariam a pagar impostos ou não. O Terceiro Estado então, considerando-se a própria nação francesa, se separa dos outros estados e passa a se reunir em caráter de Assembléia Constituinte.
• Assembléia Nacional Constituinte: O recinto onde o Terceiro estado se reuniria tinha sido fechado por ordens do Rei. Então, eles procuram um outro lugar no Palácio de Versalhes para sediarem a Assembléia. Decidem-se por uma sala de jogos. Declaram-se em Assembléia Nacional Constituinte através do Julgamento do Jogo da Péla. O rei também convoca uma reunião, e, curiosamente, os deputados que queriam mudanças sentaram-se à esquerda da presidência da mesa, enquanto que aqueles que queriam a manutenção da ordem se sentaram à direita. Consagravam-se então as expressões direita e esquerda conhecidas na política. Com a demissão de um ministro que estaria empenhado no projeto de reforma do Estado, o povo se revolta e toma a Bastilha em 14 de julho de 1789, assinalando o inicio da Revolução. Libertar a Bastilha tinha um significado: era onde ficavam presos políticos. A partir de sua tomada, nenhuma pessoa poderia ser presa sem um processo regular. Vota-se, ainda durante os trabalhos da Assembléia Constituinte, a supressão dos direitos feudais, com a promulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), que visava a igualdade, a igualdade e a fraternidade, lema da Revolução Francesa. Serviu de base para diversas Constituições que ainda seriam escritas por vários países. Durante as Jornadas de Outubro, o povo se levanta e exige que o rei e a Assembléia se transfiram para Paris.O rei se instala no Palácio de Tulherias. Como forma de resolver os problemas financeiros, a Assembléia apóia o confisco dos bens da Igreja. O clero, a partir da Constituição Civil do Clero, passa a ser um grupo de funcionários do governo. Alguns padres se revoltam (padres refratários), enquanto outros juram obediência à Constituição (padres juramentados). Em 1791, é aprovada a Constituiçao que tornava a França uma Monarquia Constitucional, com três poderes distintos: Executivo, Legislativo e Judiciário. As eleições seriam indiretas e o voto censitário.
• Assembléia Legislativa: Um exército de nobres apoiados pela Áustria preparava uma contra-revolução. Luis XVI blefa com os revoltosos, fingindo apoiar a guerra contra os austríacos, com a esperança de restaurar seus amplos poderes. Porém, o conde Brunswick, da Áustria, em um documento, diz ter o apoio de Luis XVI. O povo se revolta e ataca Tulherias. O rei pede asilo para a Assembléia Legislativa, que suspende o rei de suas funções e o prende. Instaura-se a I República com a Convenção Nacional.
• Convenção Nacional: Período mais importante da Revolução. Divide-se em Convenção Girondina (1792-1793) – girondinos eram os conservadores, Montanhesa (1793-1794) e da Planície (1794-1795). A Montanha apresentava uma divisão interna; os franciscanos (liderados por Danton) e os jacobinos (liderados por Robespierre). Durante a Convenção Girondina, os problemas principais foram a guerra contra a Áustria e o julgamento de Luis XVI, que é guilhotinado, o que causa forte reação de outras nações européias. Os girondinos levam um golpe e assumem o poder os montanheses. Durante a convenção montanhesa, se dá o momento mais violento da Revolução, que instaura a chamada Época do Terror, quando as guilhotinas trabalharam muito. Aprova-se uma extensa legislação social. Elaboram uma Constituiçao para a República, que era democrática. Abolem o voto censitário e instaurava o sufrágio universal. A Constituição não chegou a ser posta em vigor. Porém, foram abolidos todos os direitos feudais, a escravidão nas colônias, foram vendidos os bens do clero e adotado um sistema métrico decimal, além de um novo calendário. A crise política e as execuções em massa provocaram discordância dentro da Montanha. Alguns, como Hébert, achavam que a guilhotina deveria trabalhar ainda mais e lidera uma conspiração contra Robespierre, que decreta a prisão e execução dos chamados raivosos. Forma-se um novo grupo: os indulgentes, liderados por Danton, que defendia o fim das execuções e mais moderação no contorno do governo. Robespierre decreta a morte de Danton e os conspiradores. Ficando isolados dentro da esquerda, outros setores não-radicais se articulam: a Convenção vota, em 1794, a prisão de Robespierre, que é guilhotinado com os integrantes do seu grupo. Como acontece no mês do Thermidor, o evento é chamado de Reação Termidoriana. Passando a ser controlada pela Planície, os jacobinos passam a ser caçados, período chamado de terror branco. Os monarquistas entram em cena e em 1795, um governo colegiado toma o poder. Era o Diretório.
• Diretório: Período que corresponde ao crepúsculo da Revolução. Houve intensa corrupção e freqüentes golpes de Estado. O Diretório passa a solicitar mais e mais a ajuda do exército. Um dos generais achou que não valia a pena se arriscar tanto para defender corruptos e executa um golpe de Estado, assumindo o poder. O golpe acontece no chamado 18 Brumário, instaurando-se o Consulado sob o comando de Napoleão Bonaparte.


• Exercícios: pp. 124-125