terça-feira, 26 de janeiro de 2010

9º Ano: A REVOLUÇÃO RUSSA






• Império Russo, potência do século XIX: Isso de deve à sua vasta extensão, potencial em recursos naturais e humanos. Durante os reinados de Catarina II e de Pedro, o Grande, ocorreram algumas iniciativas de ocidentalização. Também por essa posição, foi um dos países árbitros do Congresso de Viena (1814-1815). O Império se constituía como uma autocracia (onde o monarca tem poderes ilimitados). O poder se concentrava nas mãos do czar e a sociedade era dividida em três estados: clero, nobreza e servos. A agricultura era a principal atividade.
• Problemas Internos do Império: Se destacam o vasto território e o atraso em relação às outras potências européias. A agricultura, realizada pelos servos que viviam sob péssimas condições de vida: Rússia, um país agrícola, tinha problemas sérios com relação à alimentação da própria população. A corrupção assolava o país. Além disso, a Rússia comportava uma série de etnias em seu território, cada um com língua e identidade próprias. A política de “russificação” gerava o ressentimento entre os habitantes.
• Problemas externos do Império: Japão: Entre 1860 e 1870, Rússia e Japão desenvolveram-se industrialmente, e passaram a competir por mercados, sobretudo a China, rica em matéria-prima e consumidores. A rivalidade gerou a guerra Russo-Japonesa (1904-1905). Polônia: Os poloneses queriam a independência de seu país, anexado à Rússia por ocasião do Congresso de Viena. Turquia: A disputa por meios de locomoção ocasionou a Guerra da Criméia, onde a Rússia foi derrotada com o apoio das potencias ocidentais à Turquia. Áustria-Hungria: quando o país tentava anexar os territórios bálticos como uma opção para saída para o mar, a Rússia incentivava o nacionalismo dos países eslavos, colocando a Áustria-Hungria e Rússia em lados opostos.
• Autocracia Russa no século XIX: Alexandre I (1801-1825) – Em seu reinado acontecem as Guerras Napoleônicas, sendo que a campanha da Rússia é importante para a derrota de Napoleão. Participou ativamente do Congresso de Viena e propôs a criação da Santa Aliança. Nicolau I (1825-1855) – Amargou a derrota da Guerra da Criméia. Alexandre II (1855-1881) – responsável pela expansão do Império em direção ao pacifico. Emancipa os servos em 1861, faz uma reforma judiciária, cria os zemstvos (assembléia). Alexandre III (1881-1894) – Continua a expansão do Império, desenvolve a industrialização e a construção de ferrovias. Nicolau II (1894-1897) – Foi o último dos Romanov. A derrota para o Japão evidencia a ineficiência da política russa. Em 1905 se instaura uma Monarquia Constitucional e a Duma (poder legislativo). Os problemas em decorrência da Primeira Guerra fazem o czar abdicar o trono em 1917, deixando o poder para Kerenski (ministro da justiça) e Lvov (primeiro-ministro)
• A revolução e o fim do czarismo: A falta de gêneros alimentares faz estourar uma revolta, onde a Duma forma um governo provisório que de fato é controlado pelos sovietes, formado por soldados e operários russos.
• Grupos e partidos políticos: Cadetes: defendiam a Monarquia Constitucional. Socialistas Revolucionários: formado por camponeses e adeptos de formas terroristas para atingir o poder. Partido Operário Social Democrata Russo: mencheviques: minoria – defendia a transição gradual para o socialismo. Bolcheviques: maioria – defende a implantação imediata do socialismo, onde o partido deve ser a vanguarda da revolução. Tinha Lênin como líder. Lênin defendia a saída da Rússia da guerra, voltou para a Rússia com o auxílio da Alemanha, para quem era cômoda a desistência Russa.
• As “Teses de Abril”: Proclamadas por Lênin, centravam-se em quatro pontos fundamentais: ditadura do proletariado, terras aos camponeses, nacionalização das indústrias e paz sem indenizações ou anexações.
• Governo de Coalizão: Bolcheviques organizam manifestações contra a guerra e são perseguidos pelo governo. Lênin refugia-se na Finlândia. As manifestações continuam e o primeiro-ministro Lvov renuncia.
• 2º Governo de Coalizão: General Kornilov organiza o putsch contra Kerenski. Com o apoio dos bolcheviques, Kornilov é preso, e isso fortalece a imagem dos bolcheviques, que predominam no governo de Kerenski.
• Ultimo Governo – Kerenski: Trotski organiza um dispositivo militar em Petrogrado que ocupa toda a estrutura da Rússia. Os membros do governo são presos, e é proclamado todo poder aos sovietes.
• Ovo Governo: Lênin passa a presidir o Conselho de Comissários do Povo, sendo Trotski e Stalin membros importantes do governo.
• Rússia retira-se da guerra: Assinatura da Paz de Brest-Litvosk (1918), que determinava que a Rússia perdia os territórios para a Alemanha e Áustria-Hungria, além de comprometer-se a pagar uma dívida de guerra, favorecer a Alemanha em transações comerciais e não fazer propaganda bolchevique no resto da Europa.
• Contra-Revolucão: França, Inglaterra e EUA apóiam um movimento contra-revolucionários, o Exército Branco, vencido pelo Exército Vermelho de Trotski.
• Comunismo de Guerra (1918-1921): Durante a guerra civil, o governo colocava todos os recursos a disposição do Ministério da Guerra. Todos deviam trabalhar no mesmo sentido e os desvios eram seriamente punidos.
• Nova Política Econômica: NEP – medidas para estimular a produção, com pequena abertura para as práticas de mercado. A URSS forma-se em 1922.
• Questão sucessória: Com a morte de Lênin em 1924, há a disputa pelo poder entre Stalin e Trotski. Stalin defendia a idéia de socialismo de um país só, enquanto Trotski defendia a revolução socialista universal. Stalin vence a disputa, instaura um governo repressor e persegue Trotski até seu assassinato no México em 1940.

Exercícios: p. 131

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