terça-feira, 26 de janeiro de 2010

9o. Ano - PERIODO REGENCIAL




Abdicação = consolidação da independência brasileira. Portugueses foram afastados do governo e substituídos por brasileiros e os conflitos sociais se afloraram.
- Surgimento de grupos políticos:
- Restauradores (caramurus) - Defendiam a volta de Dom Pedro I ao trono,
- Liberais moderados – (chimangos) eram monarquistas e viam na figura do imperador a manutenção de seus privilégios. Admitiam mudanças na carta de 1824, mas ainda defendiam um governo centralizado.
- Liberais exaltados - (farroupilhas) – formado por pequenos e não-proprietários. Oscilavam entre o desejo de uma monarquia descentralizada e a proclamação da república. Defendiam o federalismo.

Durante o período regencial prevaleceu a tendência dos liberais moderados. Diminuíram as ações do executivo e atribuíram funções ao legislativo, o que aumentou o poder das elites.

- Elites: queriam manter a ordem. Criação da Guarda Nacional, comandada pelo Duque de Caxias. Era um instrumento de manutenção da ordem oligárquica. Devia defender a nação e a Constituição, porém, se tornou instrumento de repressão. Outra manobra para manter a ordem foi a aliança entre moderados e restauradores contra os exaltados.

- Ato adicional de 1834 – mudou algumas coisas na constituição de 1824. Mantém o poder moderador e o senado vitalício, mas substitui a Regência Trina pela Una. O primeiro regente Uno foi Diogo Feijó. Tais aspectos contraditórios possibilitaram mais uma cisão: os progressistas e regressistas (favoráveis e opositores ao ato adicional). A lei de autonomia legislativa das províncias é revista. Com medo de perder a autonomia, as províncias lideram um movimento em prol da antecipação da maioridade de D. Pedro (1840).

Durante o período regencial, a “ausência” de um governante fez eclodir muitas manifestações no país como:

- Cabanagem (1835 – 1840) – Uniu amplos setores sociais: escravos fugidos, camponeses, índios, mestiços, comerciantes e parcela da elite local. A maioria popular vivia em extrema miséria e não aceitava o novo governo, queriam a volta de D. Pedro I. os governadores determinados pela regência governaram as províncias do Grão-Pará e Rio Negro com muita severidade. Em 1835, os cabanos ocupam Belém e executam o governador. Rebeldes assumem o governo e as tropas regenciais não conseguem reverter a situação. Com a radicalização do movimento, as elites abandonaram os cabanos. Porém, apesar da nova investida regencial, Eduardo Argelim, seringueiro, toma o poder e proclama a República do Pará. Porém, muito isolado, o Pará não resistiu aos ataques das tropas regenciais, que vencem em 1839. O movimento é muito importante, pois é o único em que os populares conseguiram tomar o poder de uma província brasileira.

Revolta do Malês (1835) – Teve lideranças exclusivamente negras. Maleses eram os negros alfabetizados e muçulmanos. Os escravos queriam libertar-se e exterminar brancos e mulatos, que eram considerados grandes delatores de movimentos populares. Foram duramente reprimidos depois de delatados por uma escrava.

Revolta dos Farrapos (1835-1845) – causa: conflitos entre pecuaristas gaúchos e governo central, que passou a reduzir impostos para produtos similares aos dos gaúchos vindos da região do Prata. Porém, foi o sonho republicano proposto pela insurreição que arrematou pessoas para a luta, inclusive Giuseppe Garibaldi.
1835 – Bento Gonçalves proclama a república do Piratini e em 1839 proclamam em Santa Catarina a República Juliana. Em 1845 Duque de Caxias detém o movimento, porém, com a taxação de 25% sobre o charque do Prata.

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