terça-feira, 26 de janeiro de 2010

9º ANO: A ERA VARGAS (1930-1945)




• Governo Provisório (1930-1934): Como governante provisório, Vargas suprimiu a antiga Constituição de 1991 e fechou o Congresso. Instaurava-se uma ditadura no país “para que a ordem fosse mantida”. Vargas utilizou do populismo (direitos trabalhistas - atendia as reivindicações populares sem se esquecer de garantir os interesses da elite), mesmo sendo um ditador, procurava o apoio das classes populares. A falta de uma Constituição fez estourar em São Paulo a Revolta Constitucionalista (1932). O Brasil teria uma nova Constituição apenas em 1934. Determinou que o sistema fosse Presidencialista, voto popular, direto e secreto, sistema Federativo, voto feminino e direitos trabalhistas. Em 1934, Vargas é reeleito indiretamente. Inicia-se o governo Constitucional.

• Governo Constitucional (1934-1937): Vargas continuou articulando os setores sociais e estabeleceu-se um culto à imagem. Liberou práticas culturais como a capoeira e o samba-de-roda. Houve preocupação com a formação da identidade nacional. O 1º de maio foi instituído como feriado nacional. O governo populista visava manter o operariado sob controle. Nesse período, surgiram a Aliança Integralista Brasileira (de caráter fascista, tentou tomar o governo em 1938 para “salvar a nação”) e a Aliança Nacional Libertadora, tendo como líder Luis Carlos Prestes. Posta na ilegalidade, a ANL tenta tomar o poder em 1935, com a chamada Intentona Comunista, que, derrotada, inaugurou um período de caça às bruxas, ou seja, aos comunistas.

• O Estado Novo (1937-1945): Vargas deveria deixar o governo em 1938. Porém, articula um golpe de estado e institui o Estado Novo. Alegando que existia um plano dos comunistas para tomar o poder, (a farsa batizada de plano Cohen), Vargas declara a ditadura como forma de defender o país. Porém, o Plano Cohen não havia sido escrito pelos comunistas, mas sim pelo próprio governo. Aboliu-se a Constituição de 1934 e se outorgou A Polaca, legitimando o Estado Novo, inspirado no Salazarismo, dando amplos poderes a Vargas, que era autoritário, nacionalista e antidemocrático. Os estados passaram a ter interventores. Houve censura e intensa propaganda do governo populista. O Dia do Trabalho passou a ser dia de culto a figura de Vargas. Ao mesmo tempo em que os discursos de Vargas enalteciam o papel do trabalhador, as lideranças eram cada vez mais tolhidas. Aqueles que eram contrários à política de Vargas eram considerados antipatriotas e contrários ao crescimento da nação. Durante o Estado Novo, a intervenção estatal foi muito presente. Criou-se a Companhia Siderúrgica Nacional, Vale do Rio Doce, por exemplo.

• Fim do Estado Novo: Está intimamente relacionado à eclosão da 2ª Guerra Mundial. Incorporando-se aos Aliados em 1942, Vargas enviou para a Europa a FEB – Força Expedicionária Brasileira. Aí residia uma incoerência: o Brasil, de um governo ditatorial, lutava na Itália contra a ditadura nazi-fascista. Surgiram vários movimentos e em 1945, Vargas foi obrigado a assinar um Ato Adicional convocando novas eleições. Surgem muitos partidos e o Partido Comunista sai da ilegalidade. Apesar de tudo, muitas ainda apoiavam a manutenção de Vargas no poder, num movimento que ficou conhecido como Queremismo. Cercado por militares no Palácio Guanabara em 1945, Vargas é obrigado a renunciar à presidência.

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