terça-feira, 26 de janeiro de 2010

9o. Ano - SEGUNDO REINADO (1840-1889)




• Consolidação do Estado: Durante o período que vai da Regência à Maioridade, há a consolidação do Estado Brasileiro. A última revolta teria sido a Praieira (1848), que se seguiu de um período pacífico.
• Regresso conservador: preocupação com a ordem que gerou uma centralização político-administrativa. A integridade territorial foi mantida.
• Prática parlamentar: Diferente da monarquia inglesa, onde o rei reina, porém não governa, a Constituição de 1824 determinava que o Imperador exerceria dois poderes: o Moderador e o Executivo, nomeando e destituindo ministros ao seu bel prazer.
1847- Por lei, cria-se a figura do conselho de ministros, indicado pelo Imperador, que deveria ter além de sua confiança, a do Legislativo. Por vezes, a Câmara dos Deputados não concordava com a política do ministério. Se, desejasse preservar o ministério, o Imperador deveria dissolver a Câmara e convocar novas eleições. Porém, crises não ocorriam, pois a população votava junto do governo. Tal interferência do imperador fez com que o nosso parlamentarismo fosse considerado como Parlamentarismo às avessas. Os poderes governavam em sintonia
• Liberais e Conservadores: os dois grupos revezaram-se no governo. Às vezes unidos e outras rivais, os dois partidos representavam interesses semelhantes, ou seja, o dos grandes proprietários rurais e escravocratas. Diferenças apenas nas questões político administrativas: conservadores davam prioridade na centralização da política e administração enquanto que os liberais pretendiam fortalecer os governos locais. A diferença era mais de forma que de conteúdo.
• Economia cafeeira: importantíssima, pois sustentou a economia nacional. Chegou em 1727, iniciando seu plantio em lavouras domésticas, ampliando a produção em escala comercial no século XIX. A produção se deu principalmente no Sudeste, utilizando mão de obra escrava vinda da África ou comprada do Nordeste. Há a alteração da sociedade brasileira, que se baseava na diferença entre senhores e escravos: agora existiam os imigrantes. Há o desenvolvimento de ferrovias, manufatura e surge uma elite empresarial.
• Tráfico de escravos: Compromisso com a Inglaterra desde 1808. Lei Barbacena (1831) – proibia o tráfico negreiro, mas ficou apenas no papel. Inglaterra reage com a Bill Aberdeen, em 1845, que diz que aprisionaria qualquer navio brasileiro que transportasse escravos. Em 1850 é assinada a Lei Eusébio de Queiroz.
• Imigração européia: com o fim do tráfico, a mão de obra escrava encareceu. O governo passou a investir na imigração, onde o pioneiro foi Nicolau Pereira de Santos Vergueiro (1847), que instituiu o sistema de parceria, sistema de “sociedade” que aos poucos se tornou uma escravidão disfarçada. Em 1870 há a modificação do sistema (salário fixo). A imigração se consolida e a agricultura se expande.
• Surto Manufatureiro: Tarifa Alves Branco (1844)- aumentava 30% o imposto sobre os produtos importados. Outro fator: o fim do trafico negreiro levava capitais para outras áreas da economia. Os imigrantes movimentaram o mercado consumidor. Pioneiro nas indústrias: Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá.
• Cafeicultura no Oeste Paulista: Dois momentos: Rio, Minas e Vale do Paraíba (técnicas rudimentares, baixa produtividade e condições precárias de transporte e uso da mão de obra escrava); e Oeste Paulista (terra rossa (vermelha) = roxa; Mao de obra imigrande, investimento em ferrovias e em infra-estrutura).

Exercícios: 23 e 24 p. 161

SEGUNDO REINADO – POLÍTICA EXTERNA

• Questões com a Inglaterra: tais problemas se referem sobretudo às questões da escravidão, acentuadas pela Bill Aberdeen (1845) e pela Questão Christie (1862).
• Motivos do envolvimento na guerra do Paraguai: Outros fatores além do fato do Paraguai estar desenvolvendo uma política de crescimento econômica independente da Inglaterra, principalmente o controle da navegação pela bacia do Prata (vias de acesso à Província do Mato Grosso).
• Campanha contra Oribe e Rosas: No Uruguai, dois partidos disputavam o poder: os blancos e os colorados, que tinham o apoio do Brasil, que jutos, derrubam Oribe (Uruguai) e Rosas (Argentina).
• Campanhas contra Aguirre e Guerra do Paraguai: Alteram-se as alianças: Aguirre (Uruguai) se alia a López (Paraguai). O Brasil invade o Uruguai, ocupa Montevidéu a faz exigências de que Flores assuma o poder e que o Uruguai se alie contra o Paraguai.
• Eclosão da Guerra do Paraguai: Solano Lopez toma conhecimento das pressões feitas pelo Brasil e envia uma nota de protesto ao Rio, que nada responde. O Paraguai então aprisiona o navio Marquês de Olinda – que acabava de passar por Assumpção. Tal ação provocou a declaração mutua de guerra entre os dois países (1864).
• Formação da Tríplice Aliança: Como a Argentina não autoriza López adentrar o território para chegar no Uruguai, é invadida por López e declara guerra a ele. Forma-se contra o Paraguai a Tríplice Aliança Brasil – Uruguai – Argentina.
• Principais episódios militares da Guerra do Paraguai:
1. 1º grande confronto: Batalha de Riachuelo (11.06.1865), próximo a Corrientes.
2. Rendição de Uruguaiana – A partir daqui se decide invadir o Paraguai.
3. Batalha de Tuiuti - (maio 1866)
4. Retirada para Laguna (1867) – derrota e retirada
5. Dezembrada – 4 batalhas lideradas por Caxias que danificam o armamento militar.
6. Ocupação de Assumpção (1869) – Solano López não se rende
7. Combate de Cerro Corá (01.03.1870) – execução de López e destruição da infra estrutura do Paraguai.
• Principais episódios militares da Guerra do Paraguai: A guerra coincidiu com a crise do regime monárquico e proporcionou o aumento da importância do Exercito. A questão também reacendeu a questão da abolição.

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