terça-feira, 26 de janeiro de 2010

7º ANO: A GUERRA DOS CEM ANOS


• Razões da Guerra: O Rei Eduardo III tinha pretensões ao trono da França, deixado pelo capeto Felipe, o Belo, em 1314. Eduardo era neto de Felipe, mas por ser filho de uma de suas filhas, foi impedido de concorrer à sucessão. Um sobrinho de Felipe, Carlos de Valois, assume o poder. Porém, Eduardo III era duque da Aquitânia, e, por esse motivo, devia prestar homenagem ao rei da França. Como a França dava apoio político à emancipação escocesa, Eduardo III reconsidera a sua posição e passa a exigir o trono francês.
• Questão Econômica: A Inglaterra exportava lã para Flandres (Países Baixos). O governo de Flandres era vassalo do Rei da França. O governo tinha uma postura pró-França enquanto que os comerciantes eram pró-Inglaterra. Eduardo III embarga o embarque de lã, provocando uma revolta entre os comerciantes que fundam um governo independente em Flandres, considerando Eduardo III como seu soberano legal.
• Início da guerra: Em reprimenda à destruição da frota francesa em Flandres em 1340, ocorre a Batalha de Crécy (1346), a primeira batalha em que se usou a pólvora. Os franceses foram massacrados pelos ingleses e seus arqueiro. A trégua consentida pelos ingleses em 1347 duraria até 1355 por conta da Peste Negra.
• A Peste Negra: devido às precárias condições de higiene, a proliferação dos ratos fez se arrastar rapidamente a doença que teria vindo da Criméia. A peste bubônica, transmitida pela pulga dos ratos, matou 1/3 da população européia. Algumas aldeias rurais simplesmente desapareceram.
• Final da Trégua e desastre de Poitiers: João, o Bom, assume o poder em 1350. Se aproveitando de uma disputa entre ele e o rei de Navarra, a Inglaterra rompe a trégua, dizimando mais uma vez os franceses. João, o Bom, é levado como prisioneiro.
• Jacqueries: O substituto de João, Carlos, convoca os Estados Gerais para debater renda para a guerra. Os Estado Gerais impõem um plano de reformas, que transformaria a França em uma monarquia Parlamentar. Ao mesmo tempo, por causa da crise, camponeses se revoltam, atacando propriedades e incendiando os castelos. São as jacqueries. Foram duramente reprimidos.
• Paz de Bretigny (1360) – Uma nova expedição de Eduardo III acaba na conquista de todo o sudoeste da França, o que culmina na assinatura de um tratado de paz (Bretigny, 1360). Os ingleses pedem um resgate altíssimo para soltar João, o Bom, que não é pago. O Rei morre na Inglaterra em 1364.
• Carlos V e Bertrand Du Guesclin: Carlos V era um estadista nato e colocou a França de volta nos eixos. Reorganizou também o exército e retomou a guerra em 1369. Recuperou várias regiões tomadas pelos ingleses. Houve uma interrupção na guerra (35 anos), em decorrência de vários problemas internos dos dois países.
• Inglaterra: revolta de Wat Tyler e os Iollards: Para financiar a guerra, o imposto de capitação (Poll Tax) foi retomado, causando revoltas camponesas. Os Iollards também se organizam contra a corrupção dentro da Igreja e negando a autoridade do papa. Suas idéias inspirariam Lutero. A maior contribuição foi a tradução inglesa da Bíblia.
• França: guerra civil e o desastre de Azincourt (1415): Há uma revolta na contra o aumento de impostos. Carlos VI começa a apresentar distúrbios mentais e a questão da sucessão gera uma briga entre seus tios, que leva o pais a uma guerra civil. Aproveitando-se da situação, os ingleses desembarcam em Azincourt e promovem um massacre de franceses. Os ingleses anexaram a Normandia e, pelo Tratado do Troyes (1420), o rei da Inglaterra passaria ser genro de Carlos VI e seria herdeiro da Coroa Francesa.
• Joana D’Arc: Segundo visões que jurava ter visto, tinha a missão de salvar a Fraca. Se veste de homem e consegue com que o rei Carlos VII seja consagrado na Catedral de Reims (1429). Consegue dele soldados que ficam sob seu comando. Joana d’Arc foi presa pelos ingleses e condenada como feiticeira. Na prisão, volta a ter visões e a se vestir de soldado. É considerada relapsa e é condenada á fogueira na cidade francesa de Rouen, em 1431.
• Final e conseqüências da Guerra dos Cem Anos: Depois de por fim à guerra civil, Carlos VII faz uma trégua com a Inglaterra (1444) e reorganiza as forças francesas. Rompe a trégua e reconquista passo a passo os territórios perdidos para a Inglaterra, inclusive a Normandia. A última batalha ocorreu em Castillon (1453). Os ingleses perderam todas as possessões na França. Como conseqüência, temos o enfraquecimento do poder feudal, a consolidação das monarquias, a formação de um exército na França, além de reforçar o nacionalismo dos franceses.

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