terça-feira, 26 de janeiro de 2010

7º ano: O feudalismo




• O processo de desintegração do poder central: A desintegração do Império Romano dá origem à desintegração dos governos centrais e a formação de governos locais. As próprias monarquias, por razões sucessórias, sofrem divisões, como foi o caso do Império Franco após o Tratado de Verdun (843). Logo, há o fortalecimento do poder dos senhores locais, que se protegiam em construções como os castelos, que acabavam engendrando também as populações desprovidas, que solicitavam a proteção dos senhores. Esse sistema de recomendação, inaugurado por Carlos Magno, fazia com que o protegido devesse obediência, fidelidade e serviços ao senhor, ao qual se prestava um juramento de fidelidade.
• O regime feudal: Os funcionários reais queriam a todo custo escapar à autoridade do rei, transformando seus domínios em reinos. Apesar do rei manter o título nominal, ele cedia o “usufruto” aos líderes locais, e não a propriedade. Os territórios cedidos se chamavam benefícios ou feudos. Aquele que doava o feudo era chamado de suserano e quem recebia seria o vassalo. Suserania e vassalagem = reações de poder político entre senhores. A vassalo devia jurar fidelidade ao senhor através do ritual da homenagem, selado com um beijo na boca. Assim, firmava-se o contrato entre as partes.
• A sociedade feudal: A sociedade se dividia entre 03 ordens ou estados: clero, nobres e servos. A sociedade feudal é desigual, sem possibilidade de mobilidade social.
• A vida de um senhor e a sua educação: O senhor feudal cuidava do exército, caçava (alimentação), fazia guerras e cunhava moedas. Quando adolescente, era entregue à casa de um outro senhor mais poderoso, onde aprendia manejar armas até se tornar cavaleiro. Nas guerras, o principal intuito era aprisionar líderes para arrematarem resgates.
• A servidão: Diferenças entre servidão e trabalho escravo: o servo paga com o trabalho o direito de viver nos domínios do senhor e tem direitos que o escravo não possui. O escravo não tem autonomia sobre si e é tratado como mercadoria e propriedade pelo “dono”. Heranças germânicas e romanas consolidam a servidão: o colonato impedia que um camponês mudasse de senhor ou região, enquanto que o precarium era a forma de arrendar a terra em troca de uma certa renda. Ou seja, existiam laços de dependência entre servos e senhores. Um servo não podia deixar as terras sem autorização do senhor, precisava de autorização para poder se casar. Além disso, tinha muitas obrigações feudais, como a capitação, a talha, a corvéia, o censo e as banalidades.
• Economia feudal e as corporações: A economia feudal era pouco produtiva. Os feudos eram autarquias, isso é, eram autossuficientes e o comércio apresentava importância secundária. Porém, o trabalho artesanal era regulamentado pelas corporações de ofício, uma espécie de bisavó dos sindicatos atuais. Para ingressar na corporação, era preciso iniciar-se como aprendiz, vivendo e comendo na casa do mestre. De aprendiz passava a ser companheiro, que podia sentar-se à mesa com o mestre, até se tornar mestre se produzisse uma “obra-prima”. Tais corporações pregavam o preço justo sobre os produtos, fortemente influenciado pela ética religiosa da Idade Média. Existiam algumas feiras comerciais que garantiam o abastecimento dos feudos. Tais feiras eram periódicas.

• Exercícios: pp. 132 até 133

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