• A época da Expansão territorial: Se o Tratado de Tordesilhas fosse respeitado, o Brasil compreenderia uma área que vai de Belém até Laguna. Porém, em 1822, já possuíamos um tamanho territorial bastante próximo do atual, ou seja, nosso território foi conquistado durante o período colonial, diferente, por exemplo, dos EUA, que, apesar da mesma origem litorânea de território, ampliaram seus domínios após a Independência (1776) com a conquista do Oeste. A ocupação do território brasileiro, como já vimos, se deu pela decadência do comércio com as Índias, a ânsia por metais preciosos e proteção do território.
• Focos de penetração para o Interior: Terras litorâneas foram ocupadas em lutas contra os indígenas ou estrangeiros, a exemplo do Rio de Janeiro e de São Luis do Maranhão. Houve três focos de ocupação: São Vicente (1532), Litoral Nordestino (Bahia e Pernambuco) e Região Norte.
• Expansão Vicentina: a partir de São Vicente, se deram os primeiros engenhos de açúcar da colônia. Alguns anos depois, em decorrência do melhor solo, há a ocupação do litoral nordestino. Com isso, a economia vicentina se transforma em uma economia de subsistência, onde se utilizavam indígenas como escravos. Nesse período, ocuparam São Vicente muitos padres jesuítas, que ensinavam nas missões ou reduções a fé cristã e a importância de uma vida sedentária, com o desenvolvimento da agricultura e a construção de vilas. Eram alvos prediletos dos colonos portugueses que queriam aprisionar índios. Destruíam missões jesuíticas e aprisionavam os índios, levando-os como escravos. Outro motivo para a penetração no interior foram os apresamentos de rebanhos livres, com a fundação de núcleos em Laguna, Curitiba e Paranaguá. A mineração e a busca intensa por minerais levaram muita gente para a região das minas, assim como propiciou a ocupação de Mato Grosso (1718) e Goiás (1725).
• Expansão a partir do Nordeste: A pecuária foi o principal motivo. Como não se plantavam pastos, a busca por pastagens naturais fazia com que o país fosse adentrado. O gado era muito utilizado como meio de produção e tração. A mão de obra empregada na pecuária era livre, sendo o empregado remunerado com uma parte do gado que ajudara criar, tornando-se também um proprietário.
• Ocupação do Norte: Foi impulsionada pela cobiça pelas drogas do sertão, que substituíam muitas vezes, as especiarias antes vindas das Índias. Eram principalmente cacau, baunilha, canela e urucum. A expansão se deu através das redes hídricas. Nesse processo, é importante ressaltar a ocupação da Amazônia por portugueses e a expulsão dos franceses do Maranhão. Anos mais tarde, entre 1810 e 1910, houve a exploração de borracha, atraindo muitos nordestinos para a extração do látex. Em 1903, o Acre foi comprado da Bolívia através do Tratado de Petrópolis. Graças ao látex é que se deu a ocupação de várias áreas da floresta Amazônica.
• Entradas e Bandeiras: As primeiras, expedições oficiais de reconhecimento de território, a segunda, particulares em busca de minérios e índios tornaram o território ainda maior e fizeram de alguns bandeirantes muito famosos.
• Monções: Era a exploração do interior através do curso dos rios para levar ouro e provisões para os bandeirantes que lá já se encontravam. O Rio Tietê tem grande importância nesse sistema.
• Exercícios: pp. 132-135
Nenhum comentário:
Postar um comentário