terça-feira, 26 de janeiro de 2010

9º ANO: INTERVALO DEMOCRÁTICO: DUTRA, VARGAS E JK




• Intervalo democrático: É como chamam os historiadores o período que vai de 1945-1964, quando houve o pluripartidarismo, fim da censura, retorno da liberdade de imprensa, opinião e voto. O Brasil apresentou crescimento econômico. O populismo continuava a dominar a cena política.
• Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1950): O Congresso foi restaurado e uma nova Constituição foi aprovada em 1946. Ela garantia sufrágio universal, ensino público gratuito e direito de organização de sindicatos. Também linha inclinações liberais, garantia o direito à propriedade e um sistema jurídico que defendia os mais ricos. Tudo o que era comunista era perseguido, e, apesar do direito ao pluripartidarismo, o PC foi colocado na clandestinidade: a ação demonstrava o alinhamento aos EUA durante o Período da Guerra Fria. A política não-intervencionista (principio básico do liberalismo) logo surtiu efeitos negativos, prejudicando a economia nacional. Dutra então dificultou as importações e criou o SALTE. O plano foi um fracasso. A situação reforçou o movimento Queremista, pedindo a volta de Vargas ao poder. Vargas voltava “nos braços do povo”.
• Governo Vargas (1951-1954): Surgiram duas correntes: os entreguistas (que se baseava na abertura da economia ao capital externo, inclusive minérios e petróleo. Era interesse das camadas empresariais e grandes proprietários rurais) e os nacionalistas, defendido pela CEPAL, apoiado pelos operários, estudantes e até pelo Partido Comunista. Vargas investiu nas estatais. É desse período da campanha “O petróleo é nosso”, com a criação da Petrobrás em 1953. Vargas também limitou a remessa de lucros para o exterior, barrada no Congresso. Por causa dessa política nacionalista, que ia contra os interesses dos setores elitistas, passou-se fazer denúncias de corrupção contra o governo de Vargas. Em 1954, sua imagem ficaria ainda mais prejudicada com o atentado ao seu principal oponente, Carlos Lacerda, e conseqüente morte de seu guarda-costas. O Crime da Rua Toneleros se tornaria o estopim da queda de Vargas; descobriu-se que o mandante era da guarda pessoal do presidente. Varas, ao recusar-se a renunciar, se suicida no dia 24 de agosto de 1954, “saindo da vida para entrar na história”. Uma junta militar (a República do Galeão) toma o poder até a eleição de Juscelino Kubitschek.
• Juscelino Kubitschek (1956-1961): O período é conhecido como de desenvolvimento, com o lema de JK “50 anos em 5”. O PIB cresceu 7% ao ano, multinacionais foram instaladas no país. O desenvolvimentismo ficou conhecido como Plano de Metas, que previa investimentos em energia, transporte, alimentos, indústria de base e educação. O plano foi um sucesso em energia, transportes e indústria de base, mas fracassou nos outros setores. O crescimento econômico não foi acompanhado de reformas sociais. Houve mecanização do campo e êxodo rural acompanhado por inchamento das metrópoles, sobretudo a vinda de nordestinos para o sudeste. Porém, a meta síntese de JK foi a construção de Brasília, para desenvolver e defender o centro do país. Porém, a construção da nova capital foi responsável pelo aumento da dívida externa do país. JK estava atrelado aos setores empresarial e agrário do país, o que o impediu de realizar reformas estruturais, como a agrária e tributária.

• Exercícios pp. 141-146

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